quarta-feira, abril 24, 2024
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Marido diz que mulher está ‘ferida na alma’ após lutar com estuprador em SP

Camareira Maria Ivanilda da Conceição, de 43 anos, voltava para casa quando foi espancada durante uma tentativa de estupro em Praia Grande, no litoral paulista.

Um morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, está fazendo uma campanha para conseguir justiça após a própria esposa ser espancada durante uma tentativa de estupro na cidade. Em entrevista ao G1 neste sábado (8), Carlos Patrício de Lima, de 50 anos, afirmou que a mulher está muito abalada e que o suspeito não foi preso. “Ele machucou a minha mulher e causou um trauma que ela levará para o resto da vida”, lamenta.

A camareira Maria Ivanilda da Conceição, de 43 anos, voltava para casa quando foi abordada por um homem no bairro Vila Mirim, após descer do ônibus por volta das 18h do dia 1º de fevereiro. Ela sofreu uma tentativa de estupro e lutou com o agressor para sobreviver. Após reagir, ela foi brutalmente agredida com pedradas.

No mesmo dia do crime, segundo Lima relatou ao G1, a viatura da Polícia Militar chegou na porta de sua casa por volta de 23h. “Imagina o quanto é difícil. Eu esperava minha mulher chegar do trabalho e a polícia chega e me avisa que ela foi vítima de uma tentativa de violência sexual”, afirma.

O marido conta que após receber a notícia correu para o hospital em que a mulher estava recebendo atendimento médico. Chegando lá, viu que ela estava mais machucada do que ele havia imaginado. “Foi muito dolorido vê-la daquele jeito e não conseguir fazer nada. Você saber que outro homem tocou na sua esposa de uma forma tão covarde. Eu vi que ela estava machucada e não era só na pele, mas também na alma. Aquilo doeu em mim”, diz o esposo.

Ferimentos foram feitos por faca e pedradas — Foto: Arquivo Pessoal

Ferimentos foram feitos por faca e pedradas — Foto: Arquivo Pessoal

Ele relata que a Polícia Civil conseguiu colher imagens de câmeras de monitoramento e a esposa já fez o reconhecimento do suspeito pelas imagens. Ainda segundo Lima, a situação é revoltante e está sendo muito difícil para ele e para a mulher, que está tendo acompanhamento psicológico.

“Não tá sendo fácil. Isso mudou a nossa rotina. O homem está solto há uma semana e ela tem medo de sair na rua. Eu não consigo deixá-la sozinha. Já acharam câmeras, já sabem quem é ele. Agora precisam prendê-lo”, destaca.

“Ela mudou muito, não é mais a mesma. Mesmo que passem anos, esse é um trauma que a pessoa leva para a vida toda. Já estamos há sete dias esperando que esse homem seja preso e nada. Quero que a justiça seja feita porque foi muita covardia. Isso faz eu me questionar o quanto vale a vida de uma mulher para a justiça brasileira. Eles estão esperando o que? O criminoso fazer mais uma vítima? Minha esposa sobreviveu, mas e se a próxima não tiver essa sorte?”, finaliza o marido.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pela Delegacia da Mulher (DDM) da Praia Grande e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos. A SSP informou que mais detalhes não serão passados para não prejudicar o trabalho policial.

O caso

Maria Ivanilda da Conceição, de 43 anos, voltava para casa quando foi abordada ao descer do ônibus. Em entrevista ao G1, a vítima contou que depois de dez minutos andando em direção à sua rua, viu um homem suspeito e tentou ir até uma igreja próxima para despistar. “Ele começou a me xingar, me ameaçou com a faca e mandou eu fingir que era sua esposa”, relatou.

A camareira relata que o homem a levou até um terreno baldio. No local, ele abaixou as calças e tentou obrigá-la a ter relações sexuais com ele, sob ameaças constantes. Ivanilda conta que negou, pediu que ele parasse e fosse embora, até que entrou em luta corporal com o homem.

“Eu pedia a Deus para que ele não me deixasse morrer”, desabafa. Ela disse que conseguiu segurar a faca que o agressor levou e que a briga durou cerca de 15 minutos. Ele ainda deu pedradas na camareira, que conseguiu fugir do local depois de reagir.

Caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Praia Grande, SP — Foto: Rodrigo Martins/G1

Caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Praia Grande, SP — Foto: Rodrigo Martins/G1

G1

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