Enviadas especiais a Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MPGO) recebeu relatos de mulheres que teriam sido vítimas de abusos sexuais durante atendimentos coletivos do médium João de Deus na Casa Dom Inácio de Loyola.
De forma genérica, a promotora Patrícia Otoni explicou como esses abusos foram descritos. “A vítima passava rapidamente, ele pegava a mão dela e colocava no órgão genital dele”, contou a promotora.
Funcionários da Casa Dom Inácio também já são investigados. Caso seja constatado que houve conivência nesses casos, eles podem ser indiciados. Dois deles foram ouvidos, nesta semana, na Delegacia de Investigações Criminais (Deic).
Pedido de prisão
A Justiça expediu um novo mandado de prisão contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, nesta sexta-feira (21/12). Desta vez, por suspeita de posse irregular de arma de fogo, crime com pena de 3 a 6 anos de reclusão. O líder espiritual já está preso preventivamente desde o último domingo (16), devido a denúncias de abuso sexual.
O novo pedido de prisão, feito pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), foi feito após serem apreendidas, na terça (18), cinco armas de fogo sem registro, sendo uma garrucha com numeração raspada, na residência de João de Deus em Abadiânia (GO), onde o médium fazia atendimentos espirituais. Na ação, a polícia também apreendeu mais de R$ 400 mil em espécie.
Abuso sexual
Na quinta-feira (20), João de Deus foi indiciado por violência sexual mediante fraude. O inquérito foi baseado no depoimento de uma mulher de aproximadamente 40 anos que teria sido abusada pelo líder espiritual em outubro deste ano na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), onde ele atendia.
Segundo o delegado Valdemir Pereira da Silva, mais conhecido como Doutor Branco, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), existem provas robustas contra o médium, que podem levá-lo a cumprir pena de 2 a 6 anos de prisão.
Metrópoles