sexta-feira, abril 26, 2024
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Operação Calvário prende onze por desvio na saúde do RJ

Cruz Vermelha no Rio Grande do Sul está no centro das investigações. Segundo levantamento, empresas ligadas à instituição superfaturaram contratos no Albert Schweitzer, em Realengo, e na UPA de Botafogo.

Uma força-tarefa do Ministério Público do Rio e da Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (14) a Operação Calvário, contra fraudes na Saúde no Rio de Janeiro. Até as 8h, dez pessoas haviam sido presas. As investigações apontam que houve desvio de R$ 15 milhões e prejuízo a várias unidades da rede pública no estado.

Mandados estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Itaboraí e Nova Friburgo. Também há equipes nos estados da Paraíba e de Goiás.

O chefe do esquema, segundo a força-tarefa, é o empresário Daniel Gomes da Silva, um dos presos. Promotores afirmam que Daniel comanda a Cruz Vermelha no Estado do Rio Grande do Sul. Empresas ligadas à instituição receberam, entre 2011 e 2018, R$ 1,7 bilhão em recursos públicos para gerir unidades de saúde em quatro estados.

No Rio, a organização fez contratos no valor de R$ 605 milhões para a gestão de unidades. Algumas são:

  • Hospital Municipal Albert Schweitzer, na Zona Oeste;
  • Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema;
  • Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama;
  • UPA de Botafogo;
  • UPA de Engenho de Dentro;
  • UPA de Magalhães Bastos;
  • UPA de Itaboraí;
  • UPA de São Pedro da Aldeia.

A quadrilha direcionava contratações de serviços, fazia pagamentos superfaturados para empresas pré-selecionadas e repassava valores correspondentes ao superfaturamento para Daniel. Ele recebia o dinheiro em espécie, através de funcionários de confiança.

O MP afirma que os contratos da Cruz Vermelha com os fornecedores das unidades de saúde administradas por ela – como empresas de alimentação, limpeza, engenharia clínica, portaria e laboratórios de análise clínica – eram superfaturados.

A Cruz Vermelha pagava valores superfaturados aos fornecedores, que depois devolviam parte do dinheiro. Foram identificadas oito empresas que tinham contratos superfaturados com a Cruz Vermelha.

G1

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