O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), afirmou nesta sexta-feira (20), durante entrevista ao Programa Rede Verdade, que a Paraíba não pode viver de migalhas do desenvolvimento dos estados vizinhos. A declaração faz referência à instalação da indústria da Fiat na divisa com Pernambuco. O ministro também garantiu que as demandas do governador Ricardo Coutinho (PSB) encaminhadas ao Ministério têm sido atendidas.
Afirmando que falta ousadia nos projetos políticos do estado, Ribeiro lembrou que quando esteve visitando o governador, na visita passada, ele apresentou alguns pleitos de ordem técnicas que já foram encaminhados e vencidas e outros que estão sendo apreciados.
“O que eu sinto é que (as necessidades do estado) vão além desses pleitos mais corriqueiros. Acho que a Paraíba perdeu muito no tempo e espaço. Perdeu muito primeiro por conta da falta de um projeto que representasse o desejo dos paraibanos, como foi Suape para Pernambuco a Refinaria de Abreu e Lima foi para Pernambuco. Foi uma briga, e todos os políticos pernambucanos se desvencilharam das diferenças e se irmanaram no sentido de ter o objetivo alcançado. Hoje Pernambuco não faz parte do Nordeste que é o nordeste da Paraíba, faz parte do nordeste da Bahia e do Ceará”, frisa.
Ribeiro levantou a necessidade de uma maior união da bancada da paraiba, independente do atual governante.
“Eu acho que está na hora de haver uma junção da sociedade, de termos uma pauta positiva de Estado, não de Governo. Uma refinaria como a de Abreu e Lima e o Porto de Suape não se fez num governo. É uma interferência que passou por ‘n’ governos. Nós nunca definimos em nosso estado quê posição iríamos tomar. Por estarmos numa posição estratégica pode ser que venhamos a ser um estado logístico. Um estado melhor de se viver. A diretoria da ANFAVEA já me disse que muitos diretores da Fiat virão morar aqui em João pessoa. Mas isso é a sobra do que está acontecendo lá, nós não temos a sustentabilidade e a solidez do estado (de Pernambuco). E o estado não pode viver de migalha”, finalizou.
Paulo Dantas
