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Aliança entre PMDB e PT enfrenta dificuldades em quinze estados para 2014

Apesar de o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ter afirmado na última terça-feira que o PMDB traz “mais problema do que solução” para o governo Dilma, a preocupação número um do Palácio do Planalto e da direção nacional do PT é com a manutenção da aliança formal com o partido do vice-presidente Michel Temer. Uma análise estado por estado revela que a tarefa não é simples. Hoje, os dois partidos enfrentam dificuldades para formalizar a aliança em pelo menos 15 estados.

Antes do início dos protestos, e a consequente derrocada dos índices de popularidade da presidente, o vice Michel Temer chegou a reunir em Brasília dirigentes de alguns diretórios estaduais para sacramentar o apoio à reeleição. Mas até interlocutores do vice reconhecem que essas conversas já não têm mais valor hoje. Com isso, cresce a ala do partido que considera a hipótese de nem fechar coligação formal com o PT. Até o início deste ano, o único temor era que em alguns estados grupos peemedebistas não fizessem campanha para a chapa nacional.

Os estados com mais delegados com votos na convenção nacional da legenda, e que por isso vão decidir o jogo, são o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Paraná. Nos quatro, há problemas com os petistas. No Rio, o PMDB ainda quer que o PT ingresse na chapa do vice-governador Luiz Fernando Pezão e culpa o senador Lindbergh Farias por parte da radicalização dos protestos recentes.

Em Minas Gerais, a bancada estadual do PMDB está bem próxima de formalizar uma aliança em torno da candidatura do ministro Fernando Pimentel (PT) ao governo, mas na bancada de deputados federais há resistências. No Ceará, o senador peemedebista Eunício Oliveira vem dizendo a interlocutores que só apoiará a reeleição de Dilma, caso o PT ou o PSB o apoiem ao governo. E no Paraná, a única certeza é que o PMDB não ficará com a ministra Gleisi Hoffmann (PT), e parte do partido pode apoiar a candidatura do governador tucano Beto Richa.

A avaliação entre os aliados de Michel Temer, no entanto, é que caso a presidente recupere minimamente a popularidade, chegando no primeiro trimestre do ano que vem com avaliação positiva entre 40% e 50%, a tendência é que os diretórios se acomodem e ao menos formalizem a aliança nacional.

“As manifestações jogaram a lógica das alianças no chão e o processo do debate eleitoral deve ser congelado para fazer o governo acontecer. No Rio, por exemplo, antes, a gente administrava a saída do Lindbergh da disputa. Agora a gente está vendo como fazer Cabral sobreviver”, diz o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, um dos poucos a falar publicamente sobre o assunto, e que tem, por enquanto, apenas uma certeza diante dos ataques de petistas: “Se o PT rifar o Michel , vamos para os braços do Aécio, ele vira vice e ganha a eleição”.

Para o secretário-geral e candidato à presidência nacional do PT, Paulo Teixeira (SP), o partido deve trabalhar com a perspectiva de manter integralmente a aliança que hoje apoia a presidente Dilma, mantendo não só o PMDB, como o PSB de Eduardo Campos. “Temos que discutir com todos os partidos da base, o objetivo é chegar à eleição com a base coesa. Na minha opinião, o governo vai chegar bem melhor nas eleições”, observa.

Da Redação com O Globo

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