O governador Ricardo Coutinho perde mais um apoio na Assembleia Legislativa. A deputada estadual Iraê Lucena, recém-filiada ao PSDB, anunciou nesta quarta-feira (12), que não mais integra a bancada de sustentação política do governador e passar a ser oposição. Ela justificou que sua história política, herdada do pai, senador Humberto Lucena, tem sido marcada pela ética e coerência, e como o seu partido decidiu lançar candidatura própria ao Palácio da Redenção, não poderá mais votar com os projetos de Ricardo Coutinho. “Por uma questão ética e partidária eu vou me afastar da base do governo aqui na Assembleia e vou seguir o meu estilo de fazer política com responsabilidade”. A deputada confessou que não esperava o rompimento político entre o PSDB e o PSB, mas como a aliança foi desfeita vai seguir agora a orientação do PSDB, que tem como pré-candidato ao governo, o senador Cássio Cunha Lima. Iraê ressaltou, que vai fazer oposição sem radicalismo, destacando que foi auxiliar do governador Ricardo Coutinho antes de assumir o mandato de deputada estadual. “Eu tenho um apreço muito grande pelo governador, até porque fui sua auxiliar e não faz parte do meu perfil fazer política com radicalismo. Sou partidária e ética e como PSDB e PSB não estão mais aliados, acompanho o PSDB e sou oposição”, afirmou. Iraê Lucena que disputou o mandato nas eleições de 2010 pelo PMDB, mas não conseguiu se reeleger, no segundo turno aderiu à candidatura do então candidato Ricardo Coutinho, de quem foi da Secretária Mulher e da Diversidade Humana, tendo deixado o cargo, no início do ano passado para assumir o mandato, em substituição ao deputado Guilherme Almeida (PSC), atualmente ocupando o cargo de Secretário da Agricultura, no município de Campina Grande. O Rompimento de Iraê Lucena com o governo do Estado acontece um dia depois do deputado Carlos Dunga (PTB) ter anunciado, nessa terça-feira (11), a saída dele da base governista para fazer oposição ao governador Ricardo Coutinho, que começa o ano na Assembleia Legislativa perdendo aliados e já sem maioria, o que certamente irá dificultar a aprovação de projetos do seu governo no Poder Legislativo.
Fonte: PBHOJE
