Por Jonathan Oliveira de Pontes. Advogado militante, professor, tradutor, analista político e comentarista esportivo. Natural de João Pessoa/PB, nos escreve analisando o cenário político estadual segundo seu O PONTO DE VISTA ! Leia e comente através da ferramenta abaixo disponível, rede social FACEBOOK. Qual o seu ponto de vista?
PONTO DE VISTA !
Inicialmente reitero a honra de fazer parte do site mais prestigiado de toda região do Vale do Paraíba.
Estamos em abril de 2013 e o noticiário paraibano diariamente traz novidades das últimas movimentações do cenário político estadual.
Alguns perguntam: Não está muito cedo para discutir política ou tática eleitoral?
Receio que sim, eis que os acordos e conchavos políticos, inevitáveis no sistema político vigente, sempre ignoram a finalidade do Estado, qual seja, o bem comum do povo, tais “nomeações, destinação de recursos, inauguração de obras, etc.”, consecutivamente atendem apenas aos interesses de alguns.
O Governador Ricardo Coutinho em toda entrevista ou qualquer aparição pública afirma que não está preocupado com os rumos do ano que vem, e sim em administrar.
Em um cenário ideal, seria bom que todos os nossos representantes realmente estivessem preocupados com isso, mas na prática nenhum governa sem olhar para as próximas eleições, infelizmente.
Na Paraíba existe forte movimentação partidária já em abril, a exemplo da recente filiação do Ex-Senador Wilson Santiago que passou a integrar o PTB, e foi “lançado” como pré-candidato a Senador, lembrando que todos os Estados e também o Distrito Federal elegerão apenas um Senador no ano vindouro.
Outra novidade relevante é a cogitação do Deputado Estadual Ricardo Marcelo, Presidente da ALPB, para disputar uma vaga para o Senado.
Ainda na capital, o irmão gêmeo do atual prefeito, que é Superintendente da CBTU, foi “lançado” como pré-candidato a Deputado Federal, causando intenso burburinho nas hostes petistas.
A legislação eleitoral, em constante mudança, eis que edita Resoluções para cada eleição, prevê um calendário impositivo a ser seguido, como por exemplo, prazos para transferência de domicílio eleitoral, para filiação ou desfiliação partidária, desincompatibilização de cargo público, enfim, normalmente a disputa estadual só é aquecida um ano antes das eleições.
A discussão do debate político já em abril do ano anterior às eleições denota uma precipitação no ponto de vista deste colunista, eis que a oposição fica enfraquecia diante de uma máquina estatal fulminante em um estado pobre como o nosso, e a situação sofre maiores desgastes bem como tem um “preço” muito maior a pagar para conseguir e manter aliados, e para enfraquecer os adversários.
Uma coisa é certa, o Governador Ricardo Coutinho, que já disse ser candidato à reeleição não terá vida fácil, eis que seu estilo autoritário, segundo alguns apontam, tende a afastar aliados, caso o grupo capitaneado pelo Senador Cássio Cunha Lima não esteja no seu palanque, as coisas ficarão ainda mais difíceis, chegando até a propiciar a derrota do esquema governista.
