“Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político. Caracteristicamente, já foi falado ao longo da investigação dois partidos que ficavam claro: o PP e o PMDB”, afirmou Grillo.
O ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016, Daniel Gonçalves Filho, foi citado pelo delegado como um dos que podem ter alimentado o esquema. Segundo o delegado, é possível presumir que Gonçalves, apontado como um dos líderes do esquema criminoso, tenha ocupado cargos públicos de relevância mediante coleta de dinheiro ilícito a seus “padrinhos”, ou seja, políticos que eventualmente o sustentassem nessas funções.
O esquema revelado pela operação mostra que funcionários de frigoríficos, entre eles alguns ligados às maiores empresas do mercado de carnes no Brasil, como BRF e JBS, corrompiam fiscais do Ministério da Agricultura por aprovações de certificados de qualidade de produtos que não tinham as condições mínimas, por lei, de ser comercializados.
Os delitos vão de produtos vencidos, reembalados e com rótulos adulterados, até adulterados, com carnes residuais que deveriam ser descartadas.
Leia na Veja.