sexta-feira, abril 26, 2024
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Ex-chefe da OAS diz que Lula pediu para ele destruir provas

A Polícia Federal e a Procuradoria da República sustentam que o ex-presidente recebeu propinas da OAS no montante de R$ 3,7 milhões

São Paulo – Em depoimento ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara de Curitiba,  o ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro (conhecido como Léo Pinheiro) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o teria orientado pessoalmente a destruir supostas provas que pudessem incriminá-lo na Operação Lava Jato.

A suposta conversa de Léo Pinheiro com Lula sobre o assunto teria sido discutida em maio de 2014 – dois meses depois do início das investigações da Lava Jato.

A íntegra do depoimento de Léo Pinheiro disponibilizada pela revista VEJA:

Relação suspeita com a OAS

A Polícia Federal e a Procuradoria da República sustentam que o ex-presidente recebeu propinas da OAS no montante de R$ 3,7 milhões.

Uma parte do dinheiro teria sido investido em obras no apartamento do Condomínio Solaris, no Guarujá.

Outra parte, segundo a acusação, no montante de R$ 1 milhão, foi usada para armazenamento de pertences que Lula ganhou quando na Presidência.
Segundo o Ministério Público Federal, a OAS bancou tais despesas por supostamente ter sido beneficiada em contratos com a Petrobras.

A defesa do petista afirma não ser dele o triplex. Nesta quarta-feira, 19, os advogados de Lula exibiram à imprensa documentos da recuperação judicial da empreiteira que incluiu em seus ativos o apartamento do Guarujá.

Léo Pinheiro foi preso em novembro de 2014 na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que mirou o cartel de empreiteiras que se instalaram na Petrobras para fraudes, desvios bilionários e propinas.

Em 2015, Léo ganhou prisão domiciliar com tornozeleira. Mas, condenado a 16 anos de prisão por Moro, voltou à cadeia em setembro de 2016.

Dois meses depois, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) elevou para 26 anos a pena imposta ao empreiteiro.

Palocci promete dar informações

Mais cedo, o juiz Sergio Moro ouviu o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antônio Palocci, que prometeu entregar informações “que vão ser certamente do interesse da Lava Jato”.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele já teria se reunido com a força-tarefa que investiga crimes de corrupção na Petrobras com o objetivo de fechar um acordo de delação premiada.

*Com informações de VEJA e Estadão Conteúdo

 

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