A edição da Folha de São Paulo deste domingo traz uma leitura a respeito da projeção que os cargos de relevância em CPIs no Congresso Nacional podem proporcionar aos parlamentares.Dão como exemplo de políticos bem sucedidos em CPIs que ganharam notoriedade logo após, entre tantos, o atual presidente da Câmara, deputado petista Marco Maia, e o democrata ACM Neto.
“Além de investigarem, Comissões Parlamentares de Inquérito serem para tirar político do anonimato, expondo-os para o bem e para o mal”, diz reportagem assinada por Andreza Matais, que citou o senador Vital do Rego Filho (PMDB-PB), atual presidente da CPI do Cachoeira, como exemplo inicial.
Segundo a Folha, Vital tem planos para quando deixar a CPI: assumir o lugar de José Sarney na presidência do Senado. Aliás, cita a jornalista, foi para isso que foi “adotado” por Renan Calheiros (PMDB-AL) para encarar a missão de presidir uma CPI que tem mais alvos do que escola de tiro.
A Folha destaca que, no entanto, Vitalzinho só levou pancada. E diz que os “escorregões” do senador paraibano já fazem parte do dia a dia da CPI. “A contratação de funcionária-fantasma em seu gabinete, revelada pela Folha, críticas sobre a condução dos trabalhos e alguns escorregões alertaram peemedebistas sobre os riscos do excesso de exposição de Rego”, destacou a reportagem.
Em suma, na presidência da CPMI do Cachoeira, Vital está indiscutivelmente num trampolim, que costuma levar primeiro pra cima, mas que leva inevitavelmente pra baixo. Luiz Torre
