Talvez o senador Veneziano Vital do Rego não esperasse por cobranças tão cedo. Mas, o fato é que setores do ricardismo andam magoados com o parlamentar por não vir fazendo, de forma ostensiva, a defesa do ex Ricardo Coutinho, ora às voltas com os desdobramentos da Operação Calvário, cujo desfecho é um mistério e um tormento para muitos.
As queixas ganham foro de verdade, por terem partido do radialista Diego Lima, que tem umbilicais ligações não apenas com Ricardo, mas também e especialmente com seu irmão Coriolano Coutinho, fiel escudeiro. Coube a ele a tarefa de mandar o recado para Veneziano, em um circunstanciado comentário publicado no seu blog (mais em https://goo.gl/L2Ter9).
Segundo ricardistas, uma das razões para Ricardo desistir de disputar a senatoria teria sido para contribuir pela eleição de Veneziano: “Foi necessário que Ricardo se empenhasse de forma inequívoca para que Veneziano tomasse um novo rumo, utilizando seu sucesso como gestor público para mobilizar as bases e a população para tornar viável uma candidatura do então deputado a senador.”
Então, vem a cobrança: “Com o resultado alcançado com êxito, os primeiros passos de Veneziano demonstram uma certa lacuna no debate político do Estado, fazendo uma defesa discreta e inibida do legado de Ricardo. Não se sabe se o Senador Veneziano tem ouvido os conselhos do ex-governador para formação de sua equipe e projeção do mandato, mas percebe-se sim uma certa frustração de parte da militância socialista, que espera uma postura mais altiva de Vené.”
E, então, o arremate inequívoco: “Portanto, é fundamental que o senador mais votado pela Paraíba em 2018 mostre, de fato, compromisso pelo projeto no qual foi alçado ao posto, pois os paraibanos já sabem da sua capacidade e esperam que corresponda à altura do cargo. A verdadeira pergunta que fica no ar é: será que Veneziano honrará a importância do mandato que seria de Ricardo?”
Como se vê, meu caro Paiakan, foi a faca no pescoço. Na jugular.
PS – O detalhe na foto acima é o extintor de incêndio ao alcance da mão…
