A capacidade de diálogo e de celebrar alianças do governador reeleito da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB), impressiona a cúpula socialista, que já compara o paraibano, ao ex-presidente nacional Eduardo Campos, que morreu dia 13 de agosto em acidente aéreo.
Um resumo rápido das alianças que o mago (como é chamado), celebrou nas últimas disputas ao governo da Paraíba, mostra a articulação do jovem gestor. Em 2010, Coutinho deixou o cargo de prefeito da capital, João Pessoa, e disputou pela primeira vez o executivo estadual. Na época, ele aliou-se á Cássio (PSDB), e venceu José Maranhão (PMDB) que tentava a reeleição. O mago, desbancou a situação no primeiro turno, e liquidou a fatura no segundo.
Já em 2014, a disputa foi mais acirrada. Após o racha com Cássio, eleito senador na chapa de Coutinho em 2010, o socialista aliou-se ao PT, contrariando todo conjuntura nacional do PSB, e de lambuja, conquistou o PMDB no segundo turno. Apesar de perder para o tucano no primeiro turno, Coutinho virou o jogo no segundo turno, e impôs a primeira derrota de toda história política do “mito” Cássio Cunha Lima, que disputou contra o socialista o cargo.
Tanta façanha, coloca Ricardo em situação privilegiada dentro da legenda. Ele é o um dos três governadores que o PSB “ainda” conseguiu eleger este ano, após a tragédia com Eduardo. Já Paulo Câmara (Pernambuco) e Rodrigo Rollemberg (DF), também eleitos governadores pela legenda, são inexperientes. Para muitos, Ricardo tem todas as credencias para substituir Eduardo em decisões importantes na legenda, entre as quais, a reaproximação do partido com o PT, coisa que ele já fez em seu território.
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