O ex-deputado federal, Pedro Cunha Lima (PSDB), afirmou que enxerga um movimento de mudança na política nacional, que a maioria da população brasileira tem começado a se manifestar contra os benefícios e regalias que alguns entes do poder público possuem e que é preciso se enxugar estes gastos que ele considera supérfluos na máquina estatal nacional. Durante entrevista concedida à Rádio Correio FM de João Pessoa na tarde desta segunda-feira (9), o tucano afirmou que não se vê representado politicamente nem pelo presidente Lula (PT) e nem pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a entrevista, enquanto falava de sua dificuldade de se enxergar como seguidor de qualquer uma das outras duas lideranças, Pedro sugeriu que a presidência da República fosse disputada nas eleições de 2026 por duas figuras que despertam menos sentimentos de amor e ódio do eleitorado. Para o ex-parlamentar, caso Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, disputasse contra o ministro da Economia Fernando Haddad (PT) o embate eleitoral entre direita e esquerda no Brasil seria renovado.
Já tendo elogiado a figura de Tarcísio anteriormente, Pedro afirmou que hoje sua tendência seria de votar no governador de São Paulo, visto como um nome da direita, mas afirmou que o mais importante seria a disputa de ideias que poderia surgir entre ele o ministro.
Preconceito
O ex-parlamentar também disse sofrer preconceito de adversários e de parcela do eleitorado por ser um Cunha Lima. “Sou alvo de preconceitos justamente por ser Cunha Lima. Na última eleição para o governo, tivemos uma grande vitória em João Pessoa; as atitudes falam mais que sobrenomes”, disse o herdeiro dos ex-governadores Ronaldo Cunha Lima e Cássio Cunha Lima.
Pedro admitiu que o histórico político construído por seus familiares o favorece em disputas por cargos eletivos, mas, ao mesmo tempo que lhe garante votos, também lhe fecha portas por aqueles que tenham qualquer tipo de rejeição por seu grupo familiar. Pedro concluiu afirmando que as suas ações políticas superam qualquer rejeição automática ao seu nome, mas não negou sentir que ataques são feitos ao seu grupo familiar.
WSCOM
