‘Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’. Esse foi um desabafo de um funcionário de um dos programas sociais desenvolvidos no município de Campina Grande ao tomar conhecimento das declarações do Secretário de Ação Social, João Dantas, que acusou a gestão Veneziano de dar calote e não pagar os aluguéis da sede onde funciona a pasta.Enquanto se coloca como vitima, o secretário da gestão Romero também é colocado no banco dos réus. Ele é acusado de ignorar o fato de os funcionários estarem há três meses trabalhando nos programas sociais sem receber salários, e o pior, sem a perspectiva de regularização.
Segundo informação obtida pela reportagem do PB Agora, o descaso alcança os programas Ruanda, Creas, Fome Zero, Cras, entre outros. Outro agravante é que a verba destinada ao pagamento dos funcionários destes programas é depositada mensalmente pelo Governo Federal e apenas administrada pela gestão Romero, através da SEMAS, para fazer o pagamento dos funcionários.
A maioria dos prestadores de serviço tem receio de denunciar o gestor porque temem o temperamento do titular da pasta e ainda tem receio de perder a única fonte de renda que possuem. Um dos funcionários fez questão de ressaltar que admira a gestão de Romero na Rainha da Borborema, mas destacou que ‘uma ovelha desgarrada pode colocar um rebanho inteiro a perder’.
“Não existe nenhum cancelamento do Governo Federal em relação a esses programas então não sabemos porque não estamos recebendo, temos contas a pagar e não temos nem a promessa de uma data para receber os salários com os retroativos”, lamentou um funcionário que não quis se identificar com medo de represálias.
Uma fonte informou que João Dantas também teria sido acusado de tratar mal os funcionários, principalmente com gritos e assédio moral.
Em entrevista concedida a reportagem do Site pbpolitica, o secretário de Ação Social da Prefeitura de Campina Grande João Dantas, revelou, que ao assumir a pasta, encontrou a secretaria com vários problemas.
De acordo com João Dantas, vários programas estavam paralisados e outros estavam funcionando com baixa intensidade. “O Peti, o Ruanda e o Pro Jovem, estavam funcionando precariamente”, disse o secretário.
Outro problema existente mencionado pelo novo secretário era a situação dos conselhos tutelares, que estavam sem automóveis, sem telefone e para ser uma ideia, a maioria dos prédios locados a secretaria de assistência social do município, estavam ameaçados de despejo.
“ A própria secretaria, onde despacha o secretário, está há dois anos sem que os alugueis sejam pagos”, pontuou João Dantas.
O secretário mencionou que ao tomar conhecimento da situação montou uma equipe focada no sentido de superar as dificuldades e buscar uma solução para os problemas existentes.
João Dantas ainda frisou que é um desafio muito grande, mas, era uma determinação do prefeito Romero (PSDB), de que a nossa luta, seja para atender aqueles que mais precisam e isso já está sendo feito.
O secretário explicou que a SEMAS trabalha como uma pirâmide social, englobando vários programas com parcerias, com o governo federal; como o Pro Jovem, Peti, Ruanda, Crass, Creas entre outros, mantendo uma interlocução com as instituições filantrópicas da cidade.
Na entrevista ao jornalista Hamilton Silva do PBPolitica,o Secretário não comentou o atraso de três meses no pagamento dos salários.
PB Agora