sábado, novembro 23, 2024
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Cientistas avançam com novo spray nasal capaz de reverter danos causados pelo Alzheimer

 teste, realizado por cientistas da Universidade do Texas, obteve sucesso em cadáveres, mas precisa ser reproduzido em humanos

Proteínas torcidas e emaranhadas entre si são comuns em cérebros de pessoas com Alzheimer.

Proteínas torcidas e emaranhadas entre si são comuns em cérebros de pessoas com Alzheimer. A suspeita dos cientistas é de que essa condição seja responsável por matar muitas das células cerebrais e danificar tantas outras.

Até agora, nenhum teste clínico havia conseguido ultrapassar a barreira do cérebro e mostrar algum tipo de avanço contra a deterioração do cérebro, mas uma equipe da Universidade do Texas deu um passo importante com o desenvolvimento de um spray nasal que teve resultados promissores em ratos.

Nova abordagem contra o Alzheimer

Segundo o novo estudo, o medicamento conseguiu desfazer os nós de proteínas tau nos roedores. O teste também foi feito em neurônios humanos em laboratório, também com sucesso.

O intuito dos cientistas foi desenvolver uma substância que pudesse identificar e destruir os nós, além de penetrar as barreiras de proteção das células — um dos maiores desafios da pesquisa.

Em entrevista ao Science Alert, o neurocientista Sagar Gaikand afirmou que o time decidiu organizar o remédio em pequenas bolhas que são capazes de “escorregar” entre as membranas celulares.

Em ratos mais velhos com doenças cerebrais ocasionadas pelo emaranhado de proteínas, um único spray foi necessário para se livrar do material tóxico armazenado no cérebro. Duas semanas após a aplicação, eles demonstraram melhora nas suas atividades cognitivas.

Ainda não se sabe quais seriam os potenciais efeitos colaterais da medicação.

O teste ainda precisa ser realizado em humanos. Uma revisão do estudo feita por neurocientistas da Universidade de Edimburgo aponta que, até agora, a indústria farmacêutica falhou em conseguir a mesma eficiência em seres humanos. Ainda assim, as descobertas recentes são promissoras.

A experiência também foi realizada em corpos post-mortem de pessoas que sofreram com Alzheimer e demência. Nesses casos, o remédio conseguiu desfazer os nós de proteína e impedir que novas cepas se espalhassem em outras partes do cérebro.

Ainda não se sabe quais seriam os potenciais efeitos colaterais da medicação.

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