A tese é a mesma de sempre. Em política, especialmente quando se é mulher, vale a regra da mulher de César: não basta ser honesta, tem que parecer serA notícia dando conta de que a Promotoria de Saúde de Campina Grande abriu inquérito civil contra a secretária de Saúde do município e pré-candidata a prefeita, Tatiana Medeiros, em razão da manutenção do contrato entre a prefeitura e uma clínica da qual a secretária é sócia revela bem isso.
É improvável que a relação entre a prefeitura e a clínica da secretaria tenha servido para os fins para os quais a empresa foi contratada. Os valores, inclusive, são baixos e os serviços, até que se prove o contrário, parecem ter sido realizados à risca.
Mas da Praça da Bandeira até o Bananal não há quem diga na cidade que o caso não pegou mal. Eticamente, inclusive. Até os que defendem a legalidade da operação admitem que a secretaria deveria ter se afastado da clínica enquanto esta recebesse verbas da Secretaria da qual ela passaria a chefiar.
Especialmente por se tratar de uma secretária-candidata, cujo debate político supõe acentuação de todos os defeitos ou deslizes dos candidatos em disputa.
O Ministério Público, ao que se sabe, deu prazo de 20 dias para A secretária Tatiana Medeiros se manifestar sobre a suposta denúncia. O promotor Luciano Maracajá deu, também, prazo de 15 dias para que a Junta Comercial de Campina Grande forneça ao Ministério Público cópia de contrato social da Clínica Ortotrauma com seus respectivos aditivos, para que o caso seja apurado em toda a sua plenitude.
Alega que a apuração tem como base a defesa dos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência do serviço público.
Tatiana teria evitado tudo isso com uma simples assinatura.
Luís Tôrres