A ora-pro-nóbis é a planta da moda. Comfolhas ricas em proteínas, com de 17 a 29% do macronutriente, além de fibras e vitamina C, a planta nasce naturalmente nas regiões Centro-Sul do Brasil.
Entretanto, para quem conhece pouco de vegetação, pode ser um desafio saber se existe algum pé da super planta perto de casa. As folhas verdes escuras têm uma aparência comum, então é preciso estar atento às outras características morfológicas para reconhecê-la.
Como identificar a ora-pro-nóbis?
“A ora-pro-nóbis é perene, ou seja, dura muitos anos e tem um crescimento de trepadeira, parecido com a samambaia, por exemplo. Para desenvolver sua altura máxima, que chega a até 10 metros, os ramos dela precisam de apoios — sem eles, a planta acaba ficando dispersa no chão, como uma moita”, explica o engenheiro agrônomo Victor Pereira, de Brasília.
Duas características principais ajudam a reconhecer a planta. A presença de agrupamentos de espinhos em seus ramos é uma delas. A outra é que suas folhas apresentam uma baba, conhecida como mucilagem, assim como o quiabo. Essa baba aparece nas folhas frescas, quando rompidas, e não é tóxica ou alergênica — por isso, esmagar a folha com as mãos pode ser um bom tira-teima.
As flores da planta em geral são brancas, com miolo alaranjado e odor agradável (a ora-pro-nóbis é uma das plantas preferidas das abelhas). Seus frutos são esferas pequenas, verdes quando jovens e alaranjados quando maduros. Neles estão as sementes, bastante rígidas e escuras.
Como cultivar a planta?
Se você encontrou uma ora-pro-nóbis na vizinhança, saiba que não é difícil fazer uma muda da planta. Ela nasce tanto a partir do plantio das sementes, que pode ser encontrada no interior do fruto, quanto por um processo chamado estaquia caulinar.
Em geral, as mudas de ora-pro-nóbis à venda são produzidas a partir deste processo. A estaqueia caulinar é o corte de um pedaço do caule da planta com algumas folhas de 15 a 30 cm de comprimento, que é plantado em um pouco de substrato.
“A estaquia é um método de multiplicação através de partes de uma planta mãe, basicamente gerando um clone da outra. A escolha do caule é feita com a busca de gemas, pequenos brotos que podem vir a se tornar novos ramos, para poder fazer crescer a planta”, conclui o engenheiro.
Metrópoles