segunda-feira, novembro 17, 2025
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Agora é Lei: Prefeito Jan sanciona projeto da presidente Rosa e oficializa feriado municipal em memória do ex-prefeito Manoel da Lenha o dia 16 de julho

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O município de Ingá, na Paraíba, oficializou o dia 16 de julho como feriado municipal em homenagem ao ex-prefeito Manoel Batista Chaves Filho. A iniciativa partiu da vereadora e presidente da Câmara Municipal, Rosa Nunes, por meio do Projeto de Lei nº 001/2025, aprovado por unanimidade e sancionado pelo prefeito Jan, filho do ex-prefeito Manoel da Lenha.

MPSP aceita denúncia de racismo contra “prefeito tiktoker” de Sorocaba

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São Paulo — O Ministério Público de São Paulo aceitou, na última segunda-feira (17/3), uma denúncia de racismo contra o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), em razão de um vídeo publicado nas suas redes socias em que jovens pardos e negros são detidos como parte da simulação de uma abordagem da Guarda Civil Municipal (GCM).

A denúncia acusa Manga de usar a imagem estereotipada de jovens negros e periféricos e solicita que o vídeo seja retirado ar. Na manhã desta quinta-feira (20/3), o conteúdo ainda estava disponível no perfil do prefeito.

A gravação em questão anuncia novas viaturas da GCM exclusivas para o atendimento de violência contra a mulher (assista abaixo). De acordo com a denúncia, o contexto “reforça o estereótipo” que jovens estão associados à violência sofrida contra mulheres. Veja:

 

 

Encenações como a do vídeo da denúncia são comuns no perfil de Rodrigo Manga, que usa suas redes sociais para alcançar o público jovem e ficou conhecido por sua projeção no tiktok.

O prefeito tem atraído atenção do campo da direita e já foi copiado por nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ao Metrópoles, Manga já disse ter pretensões políticas ao governo do estado.

Em nota, a Prefeitura de Sorocaba disse que “não foi notificada sobre a medida e sempre está à disposição do Ministério Público para, caso necessário, esclarecer quaisquer solicitações”.

 Metrópoles

Padre Sandro Santos fala sobre irritação familiar e reflexos nas crianças: “precisamos limpar a casa”

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O padre Sandro Santos fala nesta quinta-feira (20) sobre a irritação familiar e os reflexos negativos dessas ações dentro de um lar. No 16º dia do retiro de Quaresma orientado pelo padre Sandro Santos com vídeos diários no ClickPB, o religioso ressalta o ensinamento de São Leão Magno sobre a Quaresma ser um tempo de limpar. “Tempo de enfeitar a casa por dentro. Por isso convém que vivamos sempre de modo sábio e santo dirigindo as nossas vontades e as nossas ações para aquilo que sabemos que agrada a Deus. É o que diz e nos aconselha São Leão Magno”, destaca.

O padre Sandro Santos ainda aponta que a irritação familiar afeta principalmente as crianças, que absorvem tudo ao redor. “Nessa Quaresma nós precisamos limpar nossa casa interior e também a nossa casa. Se as crianças presenciam frequentemente momentos de irritação, elas podem começar a entender isso como um comportamento normal. E evidentemente que as crianças começam a imitar esse comportamento de irritação. A instabilidade emocional em um ambiente familiar pode ter um impacto significativo, principalmente sobre as crianças, tanto emocionalmente quanto no presente momento”, enfatiza o religioso.

Em uma série especial para a Quaresma, o ClickPB terá vídeos diários com o padre Sandro Santos fazendo a mediação espiritual para o período. Todos os dias traremos um novo vídeo com uma nova reflexão do religioso para ajudar a guiar os fiéis durante a preparação para a Páscoa.

Confira o vídeo completo e acompanhe a Quaresma com o padre Sandro Santos aqui no ClickPB.

QUARESMA 
ClickPB

Riachão do Bacamarte fortalece ações ambientais com a implantação do Projeto “Amigo da Natureza”

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O município de Riachão do Bacamarte avança em políticas ambientais com a implantação da Campanha “Amigo da Natureza”, instituída pela Lei Estadual 13.428/2024. A iniciativa foi discutida em reunião realizada na Promotoria de Justiça de Ingá, contando com a presença do prefeito José Arimatea da Silva, do presidente da Câmara Municipal José Kelven Cabral da Silva, do procurador jurídico da Câmara, Dr. Gustavo Ferreira, além de representantes da administração municipal ligados ao meio ambiente.

Coceira no couro cabeludo: o que pode estar por trás do desconforto?

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A coceira no couro cabeludo é um desconforto comum que afeta muitas pessoas, mas nem sempre é tratada com a devida atenção. Quando o couro cabeludo coça, isso pode indicar mais do que apenas um incômodo passageiro – essa sensação pode ser sintoma de condições variadas, que exigem cuidados adequados.

Além da coceira, outros sintomas como descamação, vermelhidão, inchaço ou até mesmo perda de cabelo podem estar presentes. Ignorar esses sinais pode levar ao agravamento da condição e, em alguns casos, a complicações mais sérias. Por isso, é essencial procurar um dermatologista quando os sintomas persistem ou se intensificam.

O diagnóstico precoce permite um tratamento mais eficaz e evita problemas de saúde a longo prazo. “Em inúmeras doenças da pele há uma interação entre os estados emocionais e os sintomas das dermatoses. Por isso, para que se tenha a certeza da origem da coceira, há que se excluir todas as possíveis causas endógenas ou exógenas, pois o couro cabeludo é frequentemente ‘alvo’ de várias doenças dermatológicas”, explica a dermatologista Luiza Kassab Vicencio, do Hospital Israelita Albert Einstein, ao ressaltar a importância de sempre procurar ajuda profissional.

Entre as causas mais comuns da coceira estão: dermatite seborreica, psoríase, caspa, infecções fúngicas e até alergias a produtos capilares. Embora, muitas vezes, o problema seja tratado de forma superficial com xampus e loções anticoceira, o prurido persistente pode ser um sinal de algo mais grave.

“O risco de tratar por conta própria é a falha do diagnóstico correto e possíveis efeitos colaterais, pois a coceira às vezes pode ser devido a doenças mais graves e a demora em se diagnosticar pode atrasar o tratamento adequado”, alerta a dermatologista.

Saiba mais sobre as causas desse incômodo:

1. Dermatite seborreica

Trata-se de uma doença inflamatória crônica e uma das principais causas de coceira. Afeta principalmente o couro cabeludo (e, nessa região, é popularmente conhecida como caspa), mas também pode se manifestar em outras áreas do corpo, como o rosto e o peito, onde há maior concentração de glândulas sebáceas.

Entre as suas características estão vermelhidão, descamação em forma de flocos amarelados ou esbranquiçados e, muitas vezes, coceira intensa. Embora não seja uma doença contagiosa, a dermatite seborreica pode ser recorrente e desconfortável, afetando a qualidade de vida.

Segundo Kassab, essa condição pode ser desencadeada por predisposição genética. “Para saná-la, o uso de xampus ou loções, além da lavagem frequente dos cabelos, pode ser suficiente para o controle da doença. Porém, como se trata de uma doença crônica, os cuidados devem ser constantes. É muito importante o diagnóstico correto para que o tratamento seja eficaz”, orienta a médica.

2. Psoríase

Outra doença inflamatória crônica, de caráter autoimune, que frequentemente atinge o couro cabeludo e provoca o surgimento de manchas vermelhas e escamosas. Muitas vezes, essas manchas se transformam em placas descamativas. As lesões podem causar coceira intensa, dor e, em alguns casos, até sangramento.

Embora a causa exata seja desconhecida, fatores genéticos e ambientais, como estresse, infecções e alterações climáticas, podem desencadear ou agravar o quadro. “Quando a doença atinge o couro cabeludo, o tratamento adequado é de extrema importância devido ao impacto na qualidade de vida”, frisa a dermatologista.

3. Piolho ou pediculose

Altamente contagiosa, a infestação por piolhos é um problema bastante comum, principalmente, entre crianças em idade escolar. Esses pequenos insetos se espalham facilmente pelo contato direto com a cabeça de uma pessoa contaminada ou por meio de objetos pessoais compartilhados, como chapéus e pentes.

Os principais sintomas incluem coceira intensa no couro cabeludo, devido à reação alérgica à saliva do piolho, além de vermelhidão e a presença dos insetos ou suas lêndeas (ovos) nos fios de cabelo.

“O tratamento pode ser feito por via oral (ivermectina) e também com loções e xampus, além do uso de pente fino, para remoção completa das lêndeas. Usualmente, repetimos o tratamento após uma semana”, detalha Luiza Kassab.

4. Fungos

As infecções fúngicas no couro cabeludo são uma causa comum de coceira intensa e desconforto. Estão por trás delas fungos que se proliferam em ambientes úmidos e quentes, como é o caso do couro cabeludo.

Os principais sintomas incluem coceira persistente, queda de cabelo, inflamação e, em alguns casos, o surgimento de crostas ou manchas vermelhas. São mais frequentes em crianças ou em indivíduos imunodeprimidos.

O tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos ou orais, dependendo da gravidade da infecção. “Pode ser necessário o uso de antifúngicos por um período prolongado para que se tenha a cura completa”, pontua a dermatologista.

Se houver dúvida no diagnóstico, pode ser solicitado um exame de cultura para os fungos. “O tratamento correto é muito importante porque, em alguns casos, se houver demora, a região pode ficar com falhas permanentes do cabelo, levando a possíveis transtornos psicológicos”, alerta a médica.

5. Dermatite de contato (alergia)

A dermatite de contato no couro cabeludo é uma reação alérgica ou irritativa desencadeada pelo contato com substâncias como produtos capilares, tinturas, xampus ou até mesmo metais presentes em acessórios. Os principais sintomas incluem vermelhidão, coceira, inchaço e, em alguns casos, descamação.

“A condição é frequentemente observada quando a pele do couro cabeludo entra em contato com um agente externo que provoca uma resposta inflamatória, como o uso de produtos tais como laquês, ceras e sprays para modelar os cabelos”, diz Luiza Kassab.

É preciso primeiro identificar o agente causador da reação para evitar novos episódios. O tratamento geralmente envolve o uso de cremes ou loções anti-inflamatórias e a interrupção do uso dos produtos que causam a irritação. “A remoção das substâncias causadoras da coceira normalmente é suficiente para acalmar o prurido. A higiene pessoal é importante para remover produtos residuais e potencialmente irritativos”, pontua.

6. Dermatoses de origem psiquiátrica ou psicossomática

As dermatites no couro cabeludo também podem ter origem psicossomática, ou seja, ser desencadeadas por fatores emocionais e psicológicos, como estresse, ansiedade e traumas. Nesses casos, o corpo reage com inflamações na pele, resultando em coceira, vermelhidão e descamação.

Na chamada dermatite factícia, a própria pessoa causa escoriações em si mesma, o que muitas vezes provoca coceira. O quadro geralmente resulta de algum distúrbio psiquiátrico.

Quando não se consegue esclarecer o diagnóstico, o tratamento é realizado com medicamentos psiquiátricos. Reconhecer a origem emocional desses problemas pode ser essencial para uma recuperação completa.

Outras doenças

De acordo com a dermatologista, problemas como urticária, câncer, problemas renais graves, dermatite atópica, diabetes e uso de medicamentos também podem causar coceira no couro cabeludo. A análise minuciosa da história clínica do paciente é essencial para chegar ao diagnóstico correto.

Metrópoles

VÍDEO: ‘Carreta do transformador’ chega à Paraíba e chama atenção de populares

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ELA CHEGOU!

A carreta responsável por transportar um transformador eólico gigante, até o município de Riachão do Bacamarte, no Seridó, chegou em solo paraibano. Como observou o ClickPB, o equipamento ‘desembarcou’ no Porto de Suape, em Pernambuco, no último sábado (15) e desde então foi iniciado seu transporte.

A carreta chegou à Paraíba por volta das 23h40 de ontem (18), onde foi iniciada a escolta por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no trecho da BR-101 entre Caaporã e Alhandra, ambos municípios no Litoral Sul do estado. A chega do equipamento tem chamado atenção de motoristas e pedestres por onde passa.

Transformador em solo paraibano. (foto: divulgação/PRF-PB)
Transformador em solo paraibano. (foto: divulgação/PRF-PB)

Com uma velocidade de 7 km/h, a carreta que transporta o transformador está na manhã desta quarta-feira (19) no km 107, nas imediações do posto da PRF de Mata Redonda. A saída do veículo está prevista para voltar a ocorrer às 23h, onde segue até as 4h até o km 85 da BR-101, no município de Bayeux (veja cronograma da ‘passagem’ da carreta no fim da matéria).

Além da passagem pela BR-101, a carreta irá percorrer parte da rodovia BR-230, onde irá adentrar o município de Riachão do Bacamarte e logo após seguir por rodovias estaduais até Nova Palmeira.

O transformador tem 250 toneladas, 1,2 metros de comprimento, 4,2 metros de largura e 4,5 metros de altura. Ele está sendo transportado por uma carreta com 113,7 metros de comprimento, a uma velocidade média de 7 km/h. Todo o comboio (carreta + transformador) pesa 600 toneladas.

Outro transformador deve chegar no mês que vem

Outro transformador eólico está previsto para chegar em abril, também com direção a Nova Palmeira. A informação foi detalhada pela empresa CET Brazil à TV Globo Pernambuco, como observado pelo ClickPB. Ainda não há, no entanto, data prevista para a chegada e início do transporte.

Para que serve o equipamento?

Segundo a CET Brazil, o equipamento tem como função transformar energia eólica em elétrica, levando tal tipo de energia para o sistema elétrico nacional. O equipamento foi produzido na China e chegou ao país por meio de navio.

Trajeto previsto da carreta

Confira detalhes do trajeto previsto, em rodovias federais, conforme cronograma divulgado pela PRF:

Quarta-feira (19):
23h – Saída do Posto da PRF no município de Alhandra-PB (BR-101, km 107)
04h – Chegada no km 85 da BR-101 no município de Bayeux-PB

Quinta-feira (20):
23h – Saída do km 85 da BR-101 no município de Bayeux-PB
04h – Chegada no km 60 da BR-230 (Condomínio Greenville)

Sexta-feira (21):
23h – Saída do km 60 da BR-230 (Condomínio Greenville)
04h- Chegada no km 90 da BR-230 (Entrada da Itabaiana)

Sábado (22):
23h – Saída do km 90 da BR-230 (Entrada da Itabaiana)
04h Chegada no km 120 da BR-230 no município de Riachão do Bacamarte

ClickPB

Ações sobre cadeirada de Datena em Marçal emperram na Justiça

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A defesa do apresentador José Luiz Datena demorou cinco meses para conseguir localizar Pablo Marçal (PRTB) e permitir que a Justiça o notificasse para se defender no processo sobre a fala que precedeu a cadeirada em debate da eleição municipal de 2024.

Candidatos a prefeito de São Paulo no ano passado, os dois protagonizaram um dos momentos mais quentes da campanha, quando o jornalista agrediu o empresário com uma banqueta após uma sequência de discussões em evento da TV Cultura.

Datena acionou o Judiciário com um pedido de R$ 100 mil pelas ofensas que lhe foram dirigidas na ocasião. Marçal o chamou de “Jack”, gíria usada em presídios para acusados de estupro, em referência a uma denúncia antiga de assédio sexual contra o apresentador.

Na ação, protocolada no ano passado, o então candidato pelo PSDB ressalta que os comentários foram feitos em rede nacional e replicados nas redes sociais, alcançando milhares de pessoas, fazendo com que o vídeo viralizasse e sendo compartilhado diversas vezes.

O caso, no entanto, anda de lado desde outubro, porque os oficiais de Justiça não conseguiram encontrar o influenciador nos endereços indicados pela defesa de Datena nas primeiras tentativas. Isso só foi acontecer na semana passada, conforme andamento processual.

A advogada Renata Soltanovitch, que representa o jornalista no processo, não respondeu à tentativa de contato. O advogado Eduardo Leite, que é próximo do apresentador, disse: “Seguimos o rito do Judiciário. Não vamos comentar questões que estão sub judice”.

MARÇAL TAMBÉM NÃO ENCONTRA DATENA

Datena não é o único que não consegue localizar o ex-adversário eleitoral. Alvo da cadeirada, Marçal também processou o apresentador, demandando os mesmos R$ 100 mil de valor de indenização, mas pela cadeirada em si.

A defesa de Marçal diz no processo que aquela foi uma “grave violação aos direitos de personalidade do requerente, atingindo sua honra, sua imagem e sua integridade física e moral, o que enseja a devida reparação por danos morais e à sua imagem pública”.

O endereço de quem é alvo do processo, pessoa física, é sempre fornecido pelo autor da ação. As citações podem ser enviadas por carta, via Correios, ou cumpridas por oficial de Justiça por meio de mandados.

No caso da demanda ajuizada por Marçal, cartas e mandados foram expedidos, mas Datena também não foi localizado. Na última tentativa, especificamente, foi apontado que o número do endereço não existe. Em outra, que o apresentador tinha se mudado.

Indagado pela Folha, o advogado que representa Marçal na ação, Paulo Hamilton Siqueira Júnior, diz que essa é uma situação normal na Justiça. “Mas nós vamos citar”, afirma ele.

A citação é importante por ser o ato pelo qual se convoca a outra parte a integrar o processo e responder a ele devidamente. Ela pode ser feita em qualquer local onde a pessoa esteja. A recusa no recebimento pode ser considerada desobediência judicial.

Cassio Scarpinella Bueno, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Processual, diz que cabe ao autor da ação indicar os meios de comunicação do réu. O magistrado pode, se for o caso, admitir alternativas, como a citação a partir da publicação de editais.

Segundo o advogado, se ainda assim o réu não for encontrado, deve haver a nomeação de um defensor dativo, ou seja, que possa exercer a defesa em nome dele.

“É fundamental entender a citação como um direito fundamental para que a ampla defesa, garantida constitucionalmente, seja exercida. Processo sem citação é processo nulo e, como tal, não pode progredir”, afirma Bueno.

Portal Correio

 

Proposta do Governo da Paraíba amplia reajuste salarial dos policiais da Paraíba para 21,1%

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Governo do Paraíba apresentou uma proposta que amplia para 21,1% o reajuste salarial de policiais da Paraíba ao longo de 2025. De acordo com o Arapuan Verdade, proposta foi apresentada durante reunião, na noite da segunda-feira (17), com representantes de 18 entidades que atuam na segurança pública do estado.

Entenda o que muda no corpo dos astronautas que ficam muito tempo no espaço

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Os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams estão retornando à Terra após quase nove meses no espaço e em breve vão precisar se readaptar à vida com a gravidade.

Até em seu DNA, os corpos dos astronautas podem sofrer alterações estranhas e às vezes significativas, principalmente durante um voo longo acima da Terra: eles começam a se alongar, frequentemente desenvolvendo uma “altura espacial” e, como os corpos humanos são compostos principalmente de líquidos, a redistribuição de fluidos também pode lhes dar “pernas de galinha” e “cabeça inchada”. Quando retornam, tudo isso começa a se reajustar.

Os médicos manterão tudo isso em mente enquanto os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams retornam nesta terça-feira (18) após quase nove meses no espaço. Os médicos da Nasa conversaram com os dois pouco antes de iniciarem sua jornada de volta, e eles disseram que estão “muito bem” em termos de saúde, disse à CNN Joe Dervay, um dos cirurgiões de voo da Nasa.

Os cientistas ainda estão descobrindo os efeitos de longo prazo na saúde ao passar muito tempo no espaço, mas décadas de dados mostram que os astronautas sofrem mudanças físicas mesmo após um breve período. A maioria dessas mudanças se reverterá pouco depois do retorno à Terra.

“Existe alguma variabilidade individual sobre a rapidez com que se recuperam, mas é bastante impressionante ver como eles viram a página e realmente se adaptam rapidamente”, disse Dervay. “Frequentemente, se você olhar para eles alguns dias depois, você realmente não tem ideia do que eles acabaram de fazer nos últimos meses.”

Sem a atração da Terra, os astronautas podem perder densidade óssea, e seus músculos começam a atrofiar. Eles podem perder controle motor, coordenação e equilíbrio no espaço, desenvolvendo um tipo de enjoo, mostram os estudos.

A falta de gravidade também pode afetar seus sistemas imunológico e cardiovascular, sua visão e seu próprio DNA.

A maioria dos efeitos parece ser de curta duração — apenas alguns problemas de saúde foram encontrados até agora com efeitos duradouros — e os astronautas podem esperar muitos exercícios de reabilitação na Terra para recuperar seus ossos e músculos.

Embora Wilmore e Williams não fossem inicialmente esperados para permanecer na Estação Espacial Internacional por tanto tempo – sua viagem inicial deveria durar apenas oito dias – os líderes da Nasa não acreditam que os dois terão problemas de saúde incomuns por causa disso.

“Não vemos necessidade de nenhuma precaução especial”, disse Dina Contella, gerente adjunta do Programa da Estação Espacial Internacional da Nasa, na sexta-feira (14). “Como qualquer astronauta que retorna, há um período de aclimatação, e isso variará por membro da tripulação”.

Deterioração muscular e óssea

Sem gravidade para o corpo se movimentar contra e com o corpo exposto à radiação no espaço, a atrofia e disfunção muscular podem acontecer até com o astronauta mais em forma. A Nasa descobriu que os corpos dos astronautas podem experimentar redução de um terço no tamanho das fibras musculares em menos de duas semanas.

Em um único mês no espaço, um astronauta também pode perder até 1,5% de sua massa óssea – aproximadamente tanto quanto uma mulher na pós-menopausa que não está em tratamento perde em cerca de um ano. Essa perda pode tornar as pessoas vulneráveis a fraturas e levar à osteoporose prematura, mas mais pesquisas são necessárias para saber se a perda óssea persiste muito tempo após o voo espacial.

Para ajudar a mitigar problemas ósseos e musculares, os astronautas seguem uma dieta especial e fazem cerca de 2 horas e meia de exercícios diariamente, em média. Eles podem usar uma esteira ou uma bicicleta ergométrica, mas também têm um Dispositivo Avançado de Exercício Resistivo especial que imita o levantamento de peso na Terra.

“Tentamos manter os ossos fortes e os músculos fortes para minimizar quaisquer efeitos da microgravidade”, disse Dervay. “Além disso, de uma perspectiva psicológica, é excelente porque lhes dá aquela pausa durante o dia, e eles sabem que estão fazendo algo por si mesmos”.

A Nasa tem pesquisado se exercícios aeróbicos e de resistência seriam tão úteis quanto uma esteira, já que a nave espacial necessária para futuros voos de longa distância pode não ser capaz de acomodar equipamentos pesados de exercício.

Dervay diz que o corpo é “brilhante” na maneira como se ajusta à microgravidade, mas “queremos garantir que, quando os trazemos de volta, eles estejam na melhor posição possível para retornar… e voltar ao fluxo normal de suas vidas”.

Os astronautas podem ver uma mudança física em seus ossos como um benefício: sem a atração da gravidade, a coluna vertebral de uma pessoa se endireita, e eles crescem em altura.

A Nasa afirma que a altura de um tripulante pode aumentar 3% durante os primeiros três ou quatro dias em gravidade zero. A astronauta Kate Rubins, por exemplo, passou de 1,67m para uma “altura espacial” de 1,70m. No entanto, ao retornar à Terra, a gravidade faz os astronautas voltarem ao seu tamanho normal.

Pernas de frango, rostos inchados e visão turva

Sem gravidade, os fluidos se deslocam. Como o corpo é 70% líquido, essa mudança é sentida em múltiplos níveis.

Na Terra, os fluidos corporais tendem a se deslocar para baixo, abaixo do coração. Mas no espaço, os fluidos fluem uniformemente por todo o corpo e se acumulam em lugares onde normalmente não se concentram.

É semelhante a fazer uma parada de mão muito longa: os 5,7 litros de líquido que o corpo carrega se movem para cima. Os astronautas frequentemente dizem que se sentem como se estivessem com um resfriado e desenvolvem uma condição que alguns na Nasa chamam de “síndrome do rosto inchado”, “pernas de pássaro” ou “pernas de galinha”. Os problemas geralmente desaparecem após cerca de três dias na Terra, segundo a Nasa.

O movimento dos fluidos no corpo também pode causar problemas persistentes nas costas, independentemente da duração do voo espacial. Um estudo descobriu que a incidência de hérnia de disco é 4,3 vezes maior em astronautas do que na população terrestre, e o problema geralmente ocorre logo após o retorno à Terra.

A questão da redistribuição de fluidos também parece afetar a visão de muitos astronautas, um problema que a NASA denominou Síndrome Neuro-Ocular Associada ao Voo Espacial. O olho se achata devido à redistribuição de fluidos, a camada de fibras nervosas da retina pode engrossar e há uma mudança refrativa que pode tornar a visão turva no espaço.

Michael Harrison, especialista em medicina aeroespacial na Mayo Clinic na Flórida, diz que é um pouco como usar um projetor e movê-lo alguns centímetros mais perto da parede.

“A imagem ficará um pouco mais embaçada”, disse ele. “É um tópico importante porque ainda não sabemos muito sobre isso.”

“A questão que está na mente de todos é: o que acontece quando vamos mais fundo no espaço por períodos mais longos? Isso estabiliza ou é algo que continua progredindo?”, disse Harrison.

Nem todos mantêm alterações na visão. Um estudo encontrou achatamento do globo ocular em cerca de 16% dos astronautas após o voo.

“Algumas pessoas voltam e parecem ter mudanças, se não permanentes, pelo menos crônicas na visão e precisam de óculos. Outros não têm isso. É um fenômeno relativamente novo”, explicou Harrison.

Para estudar o fenômeno, a tripulação do voo comercial Polaris Dawn, de cinco dias, usou lentes de contato especiais no ano passado para medir e coletar dados sobre a pressão em seus olhos.

A Nasa também desenvolveu “óculos de antecipação espacial” especiais que são mantidos na Estação Espacial Internacional. Os óculos são ajustáveis e mitigam parte do embaçamento.

Os fluidos no cérebro também tendem a se deslocar no espaço, do topo do cérebro para a base. Estudos de astronautas após seu retorno à Terra descobriram que essa mudança pode aumentar partes de seus cérebros chamadas ventrículos, até mesmo além do que pode ser tipicamente visto com o envelhecimento normal.

No entanto, ressonâncias magnéticas da tripulação da missão Polaris Dawn não encontraram descobertas preocupantes em seus cérebros.

Mudanças no nível celular

O tempo no espaço pode enfraquecer o sistema imunológico de uma pessoa e tornar os astronautas mais suscetíveis a infecções. Os glóbulos brancos que ajudam o corpo a combater infecções parecem mudar.

“No espaço, houve ativação de alguns vírus latentes que as pessoas carregam, mas sem efeitos na saúde a longo prazo associados a isso”, disse Harrison.

O espaço também parece modificar quimicamente o DNA de uma pessoa. Na Estação Espacial Internacional, os astronautas usam dosímetros para registrar sua exposição à radiação, já que ela pode danificar o DNA e aumentar o risco de câncer ao longo da vida.

Ainda não está totalmente claro quais efeitos outras mudanças químicas no DNA podem ter. Um estudo que comparou dados durante e após a missão do astronauta Scott Kelly ao espaço com dados de seu irmão gêmeo idêntico, o astronauta aposentado Mark Kelly, descobriu que houve modificações químicas no DNA de ambos, mas ambos voltaram ao normal quando retornaram à Terra.

Os telômeros, sequências repetitivas nas extremidades dos cromossomos que os protegem da deterioração, geralmente diminuem com a idade, mas os de Scott na verdade aumentaram enquanto ele estava no espaço. Quando retornou à Terra, eles encurtaram novamente. Cientistas dizem que os telômeros de Scott podem ter sido positivamente afetados por sua melhor rotina de exercícios e dieta no espaço.

Reajustando-se à Terra

Mesmo antes de voltarem para casa, Williams e Wilmore aumentarão seus fluidos usando comprimidos de sal e água para tentar recuperar parte do que perderam durante a fase inicial do voo espacial, disse Dervay. Eles também vestem roupas como meias de compressão que se estendem dos pés até acima da cintura para mover o fluido de volta ao centro de seus corpos.

“Toda tripulação que retorna passa por um protocolo de carregamento de fluidos, apenas para garantir que, quando voltarem, seus corpos estejam adequadamente condicionados”, disse Steve Stitch, gerente do programa de tripulação comercial da NASA, na sexta-feira. “Não há nada além do que normalmente fazemos.”

Os astronautas não retornam para suas famílias imediatamente após o pouso. Os protocolos de retorno à Terra incluem manter a tripulação no Centro Espacial Johnson em Houston por vários dias antes que os cirurgiões de voo deem autorização para irem para casa.

“Quase todos os sistemas de órgãos do corpo são impactados em algum grau – seja a pele, o neurovestibular, os ossos, músculos, o sistema imunológico, o sistema cardiovascular – então temos programas que nossa equipe de Saúde e Desempenho Humano foca para tentar garantir que estamos cobrindo todas essas áreas”, disse Dervay.

Cientistas monitoram a saúde de todos os astronautas desde o início do treinamento até muito depois de se aposentarem, mas conforme mais pessoas passam mais dias no espaço, os pesquisadores estão obtendo uma compreensão muito melhor sobre qual efeito isso pode ter na saúde humana a longo prazo. É um conhecimento que será essencial à medida que programas espaciais governamentais e comerciais visam enviar humanos para estadias prolongadas na Lua e em Marte.

Williams e Wilmore já passaram muito tempo no espaço antes e disseram ao apresentador a Anderson Cooper, da CNN, em fevereiro que sabem o que esperar fisicamente.

Quando os astronautas retornam à Terra, seu programa de reabilitação pode envolver uma série de exercícios físicos para aumentar a densidade óssea e fortalecer os músculos. Eles também fazem exercícios cardiovasculares para fortalecer o músculo cardíaco, já que ele não precisa bombear com tanta força em gravidade zero como faz na Terra. Além disso, há exercícios para melhorar a coordenação para ajudar a prevenir lesões.

Williams disse que geralmente recupera seus músculos de contração rápida e seu ouvido interno se ajusta em cerca de 24 a 48 horas após retornar à Terra. Ela aprecia as rápidas melhorias físicas, mas elas também são um pouco agridoces.

“Será um pouco triste quando [a tontura] passar, porque isso significa que, realmente, fisicamente, o voo espacial chegou ao fim”, ela disse a Cooper.

Para pelo menos alguns astronautas, a saúde mental pode ter os maiores efeitos. Eles frequentemente experimentam o “efeito visão geral”.

“Eles têm essa experiência profunda que então influencia suas visões sobre as coisas quando retornam à Terra”, disse Harrison.

Astronautas descrevem ver o mundo de cima como “bonito” e “frágil”. É um mundo sem fronteiras ou limites, e vê-lo faz com que alguns sintam um maior senso de conexão com os outros.

“Não vou necessariamente usar a palavra “mágico””, disse Harrison, “Mas é uma experiência filosófica muito profunda estar no espaço.”

Veja também: Astronautas iniciam o retorno para a terra após nove meses presos no espaço

 

 

CNN Brasil