A Paraíba ocupa a segunda colocação entre todos os estados da federação onde a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais que moram em assentamentos irregulares alcança um índice alarmante.
O estudo do levantamento Aglomerados Subnormais – Primeiros Resultados, baseado em informações do Censo Demográfico 2010, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a situação mais grave é encontrada em Alagoas, onde 26,7% (1º lugar) são analfabetas; seguido da Paraíba (21,3%) e o Rio Grande do Norte (16,3%).
O número apresentado pela Paraíba, por exemplo, supera o do Rio de Janeiro. Com uma população quase quatro vezes superior, a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais que vivem em favelas cariocas é de apenas 8,4%, mesmo assim o dobro da relativa às áreas urbanas regulares de municípios que concentram essas comunidades.
A taxa de analfabetismo no Brasil é 9,6%.
Ainda de acordo com o levantamento, mais da metade dos moradores de aglomerados subnormais (55,5%) são pessoas pardas, seguidas de brancas (30,6%) e de pretas (12,9%).
A maior parte da população (34%) dessas comunidades tem rendimento mensal na faixa que vai de mais de meio salário mínimo até um salário mínimo. Apenas 4,6% ganham mais de dois salários mínimos. Entre a população que vive nas áreas urbanas regulares em municípios com ocorrência de favelas, 26% têm rendimentos que vão de mais de meio salário mínimo até um salário mínimo e 27,1% ganham mais do que dois salários mínimos.
O levantamento aponta também que a população das favelas é, em média, mais jovem do que a de áreas de ocupação regular nas cidades com comunidades carentes. Enquanto nos aglomerados subnormais a idade média dos moradores é 27,9, nessas outras regiões urbanas é 32,7.
Fonte: PBAcontece