Com a data limite para filiação e mudança partidária se aproximando, a política de Ingá vive uma semana de intensa movimentação nos bastidores. De acordo com a Lei nº 9.096/1995, o prazo se encerra na sexta-feira, dia 05, o que tem impulsionado articuladores, vereadores, pré-candidatos e dirigentes partidários a buscarem as melhores estratégias para eleger o máximo de vereadores por cada agremiação.
A construção dessa engenharia política abrange desde a análise dos números de eleitores até as potencialidades e interesses pessoais de cada agente político. Um dos focos está na cota de mulheres candidatas, no quociente eleitoral e no quociente partidário, elementos essenciais para a montagem das chapas.
Em Ingá, a pré-candidatura da situação, representada pelo presidente da Câmara, Nego dos Transportes e secretária Virgínia Leite, apoiada pela base parlamentar do prefeito Robério Burity, está em fase de formação. Caso se confirmem os nomes dos pré-candidatos, a expectativa é que a chapa proporcional seja composta por candidatos a vereador distribuídos em quatro partidos distintos.
Por outro lado, as oposições, representadas por Jan Lenha de um lado e Júnior Doutorzinho e Edilson de outro, estão também em fase de formação, e podem usar a mesma estratégia de dividir as candidaturas em partidos diferentes, possivelmente em dois, ou mesmo concentrar todos os candidatos em uma única legenda, dependendo das articulações e negociações em curso.
Até o momento, os vereadores com mandatos ou que assumiram vagas na Câmara de Ingá estão distribuídos da seguinte forma: Com Nego dos Transportes e Virgínia, estão Daniela, Cipó, Augusto Policial, Alex, Murilo, Rey, Jaílton do Sindicato, Luiz de Duca, Tiago Garcia e Antônio da Oficina. Os suplentes e pré-candidatos também integram essa divisão.
Na oposição, com Jan Lenha estão Mana e Jacquelino de Redeiro. Enquanto com Júnior Doutorzinho está Chico de Alcides e demais suplentes e pré-candidatos.
A dinâmica das formações partidárias cria uma situação peculiar, onde tanto os vereadores com mandatos quanto os pré-candidatos e suplentes dependem uns dos outros. O poder de convencimento e os argumentos serão fundamentais para fortalecer as coalizões.
À medida que nos aproximamos do dia 05, o cenário político de Ingá e região se mantém aquecido, refletindo a importância dessas decisões para o futuro do município.
Nas últimas eleições municipais (2020) Ingá registrou os seguintes números quanto aos eleitores:
Tipo de Voto | Quantidade | Porcentagem (%) |
---|---|---|
Votos Válidos | 11.651 | 94.49 |
Votos Brancos | 146 | 1.18 |
Votos Nulos | 540 | 4.37 |
Abstenções | 2.016 | 14.05 |
Total de Votos | 12.337 | – |
Baseado nos votos válidos de 2020, o quociente eleitoral girou em torno de 1.059 votos.
- Total de votos válidos: 11.651
- Total de vagas em disputa: 11
- Quociente Eleitoral (QE): QE = Total de votos válidos / Número de vagas em disputa QE = 11.651 / 11 ≈ 1.059
Ou seja, para eleger ao menos um vereador, cada partido teve que alcançar o mínimo de 1.059 votos, na eleição proporcional. Vale salientar que o complexo sistema proporcional brasileiro leva em conta ainda as sobras dos votos de cada partido e quociente partidário na formação dos eleitos e suplentes.