O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) determinou a suspensão dos sistemas de irrigação em vazante de 40 açudes do Estado da Paraíba, porém deixou de fora o Açude Epitácio Pessoa – Boqueirão que abastece Campina Grande e extensa parte da região do Compartimento da Borborema, pondo em risco a sobrevivência de mais de um milhão de habitantes e animais que se beneficiam com esse único reservatório. Ontem, conforme levantamento oficial da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) o açude de Boqueirão apresentava apenas 60,2% de sua capacidade. A capacidade máxima (m3) é de 411.686.287 e o volume atual (m3) é de 247.616.118.
Outro manancial que também teve suspenso o sistema de irrigação a partir do Dnocs foi é o de açude de Coremas/Mãe D’água, o maior da Paraíba, que está com 43,7 por cento do seu volume e que não abastece grandes populações, enquanto que Boqueirão continua com as águas servindo para irrigações de lavouras, o que é um absurdo.
A grave realidade dos recursos hídricos na Paraíba registra que 89 reservatórios estão com capacidade armazenada superior a 20% do seu volume total; 23 reservatórios em observação (menor que 20% do seu volume total); 10 reservatórios em situação crítica (menor que 5% do seu volume total).
Esta medida, tomada em dezembro do ano passado, até o momento só não afetou o volume do açude Epitácio Pessoa, localizado em Boqueirão, que está com 60% de sua capacidade. Contudo, nos 41 mananciais restantes essa atividade está proibida.
O último açude que precisou ter este sistema de irrigação suspenso foi o de Engenheiro Ávidos, do município de Cajazeiras, no Sertão, que tem capacidade para 255 milhões de metros cúbicos de água, mas encontra-se com apenas 44.617.365 milhões de metros cúbicos, ou seja, 17,5% de sua capacidade, de acordo com medição da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa).
O Nordeste
