Um laudo com mais de 90 páginas do Instituto de Polícia Cientifica da Paraíba (IPC), divulgado na manhã desta quarta-feira (8), comprova falha mecânica no acidente com um ônibus da empresa Santa Rita, em setembro do de 2013, em João Pessoa. O veículo perdeu o controle e bateu em um poste deixando três mortos e 39 feridos na BR 230.
De acordo com o perito, Herbert Boson Teixeira Silva, que participou das análises juntamente com Humberto Pontes, diretor do IPC, e Robson Felix Mamede, todas as peças do ônibus foram analisadas para que se tivesse a precisão do que veio a fazer o coletivo perder o controle. O tacógrafo e o comportamento do motorista também foram averiguados.
No entanto, após análise minuciosa, foi descartada falha do motorista tendo em vista que o controle de aceleração do ônibus mostrou que o veículo vinha em uma velocidade normal para a via.
Constatados três abalos mecânicos, conta o perito, a equipe partiu para examinar as peças com a participação de especialistas universitários onde se comprovou que a fadiga por falta de manutenção levou a quebra de uma das lâminas das molas do automóvel, sobrecarregando o sistema e fazendo com que outras peças não suportasse o peso do veículo.
“A conclusão que chegamos foi que o ônibus vinha trafegando na pista quando ouve uma quebra da segunda mola do feixe dianteiro direito. Isso sobrecarregou todo o sistema fazendo com que a mola mestre também quebrasse levando a um rebaixamento do setor dianteiro direito tirando o ônibus da pista e fazendo com que ele colidisse com o poste”, contou o perito acrescentando:
“Foi uma falha mecânica provocada por um problema de manutenção. Aquelas peças já tinham passado do prazo de troca”, garantiu.
De acordo com o perito, após revelada a verdade dos fatos, o laudo será encaminhado para o delegado responsável pelo caso para que os responsáveis sejam acionados juridicamente.
No acidente vieram a óbito, Valéria Rodrigues e Wagner Sousa Santos e Marinalva Paulino de Melo. Valéria e Wagner morreram no local. Valéria Rodrigues estava grávida de cinco meses. A pressão das ferragens contra o corpo dela foi tão forte que o feto saiu do seu corpo, também morto.
Já Marinalva Paulino morreu 40 dias no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
Roberto Targino . Com informações do repórter Caveira