É agora ou nunca!
Há momentos em que a história parece dar um empurrãozinho, e esse pode ser um deles. Quando João Azevêdo promete uma obra, é bom prestar atenção – ele não é do tipo que joga conversa fora. E, durante o lançamento da ambiciosa Paraíba 2025-2026 , o governador não enganou. Com mais de R$ 77 milhões destinados à área de Meio Ambiente e Sustentabilidade, ele trouxe uma notícia que pode mudar o jogo: a requalificação do Sítio Arqueológico da Pedra do Ingá usando parte destes recursos.
Um tesouro que carrega nas costas o peso do tempo e o silêncio das civilizações há muito perdidos, a Pedra do Ingá não é só um patrimônio do estado. É uma alegria rara no cenário mundial. Suas inscrições rupestres são enigmas que desafiam mentes de todos os cantos do planeta.
PUXINCÓI
Também conhecido ingacionalmente como “um puxincói da gota” que não acaba nunca. A verdade é que A Pedra tem uma história que mistura fascínio e frustração. Ao longo dos anos, vimos caravanas de estudiosos, vindas de longe – Piauí, Maranhão e sabe-se lá de onde mais – esmiuçando cada centímetro do sítio e consumindo gordas verbas públicas. Muitos estudos, relatórios e blá-blá-blá. Mas e as ações concretas? Poucas. Para não dizer quase nada.
Com exceção do saudoso governador Tarcísio de Miranda Burity, que asfaltou a estrada e construiu a única infraestrutura existente, o resto dos governadores nada fizeram. Certa feita, quando da visita do governador Ricardo Coutinho às Itacoatiaras. Um repórter local ousou fazer uma pergunta e quase apanha do Coutinho com sua delicadeza. Ah, para ser justo, cada prefeito que passou fez um pouquinho de alguma coisinha. Até porque o patrimônio é tombado e nada pode ser modificado sem a autorização da união.
OS HERÓIS RUPESTRES
E quem seguiu defendendo e salvando o sítio Arqueológico da Pedra Lavrada na prática até hoje foi o nobre poeta, escritor e melhor blogueiro da Paraíba Vavá da Luz, bem como o trabalho já desenvolvido por Denis Mota, Marquinhos e Emília, entre outros abnegados, cada um com suas potencialidades.
A PEDRA É DE PEDRINA
Um projeto porreta elaborado pela simpática e dedicada arquiteta ingaense Pedrina Andrade com muito trabalho, suor, lágrimas e muitas noites sem dormir, foi apresentado ao então prefeito Robério Burity. O projeto o encantou e o deixou louco (mais ainda), de tanta euforia, o fazendo até gastar dinheiro. Incrível!
À nossa querida Pedrina, uma arquiteta apaixonada pelo que faz e pela terra que a criou, nossos mais sinceros parabéns pelo projeto robusto e visionário. Tomara Deus que João Azevedo de fato tire do papel e implemente, acabando de vez com esse puxincói que já dura décadas.
Dai a César o que é de César
É inegável que Robério Burity, com determinação e empenho, uniu forças com Pedrina para buscar a aprovação do projeto nos órgãos estaduais, federais e demais instâncias competentes. Com seu estilo característico, Robério não poupou esforços, visitando inúmeros gabinetes e fazendo valer sua voz em defesa da agilidade no processo. Contudo, apesar de toda dedicação, o projeto não conseguiu ser liberado dentro do prazo de seu mandato, devido às exigências burocráticas e às tramitações nos órgãos responsáveis, como o IPHAN e o Judiciário.”
Vamos dar a César o que de César. Parafraseando o intelectual Rui Barbosa (o Maciel) podemos afirmar que: “Pode dele não gostar, mas Robério foi o prefeito que mais lutou pela Pedra do Ingá.” Rimou?
JAN, TOCA RAUL
Cabe agora ao prefeito Jan dar continuidade e com ajuda dos parlamentares de seu círculo político buscar a efetivação. Mas, também nem precisa gritar, esbravejar, chutar porta. Tu tem carisma né, cara! Basta só levar o violão e fazer um dueto com João. Toca Raul, Jan. Ele gosta!
Que tal levar Bony, o melhor barbeiro do Brasil, para dar um trato na juba do João. Tá desajeitada demais. (Ops! só prá descontrair)
