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Eu posso estar redondamente enganado nos meus conceitos sobre o que é e como encontrar o sentimento mais cobiçado na vida de um ser humano. Sabe-se que a sensação de felicidade é proporcionada por uma substância liberada no cérebro, sempre quando acontece algo positivo em nossas vidas. A partir daí pode-se acreditar também que as atitudes que nos fazem mal ou que fazem mal para outras pessoas sejam incapazes de nos proporcionar felicidade, como a vingança, por exemplo. Dizem que ela é um prato que se come frio, porque é fria e talvez venha daí a recomendação bíblica sobre oferecer a outra face, ao invés de revidar uma agressão.
Vejo a felicidade como uma linha tênue, muito fina, sobre a qual é muito difícil e complicado mantermos o equilíbrio. Pessoas frustradas com o que não têm ou com que não são e gostariam de ter ou ser, de uma forma ou de outra, vivem, de um ou de outro lado, às margens dessa linha.
O desejo doentio de ter e ter e ter mais e mais é o caminho mais curto pra sensação permanente de fracasso na vida, porque, por mais que se tenha, ninguém jamais terá tudo e ainda que fosse possível ter tudo na terra, restaria a imensidão de um universo infinito pra se conquistar.
O desejo de ser, numa sociedade tão observadora e crítica, esta do outro lado dessa linha. Daí nascem os medíocres e os hipócritas, mostrando e fingindo o que não têm ou não são, até porque, ninguém vale o que tem, por mais que tenha, embora possa valer mais do que tudo, se for uma pessoa feliz e plenamente de bem com ela mesma.
Nenhuma conquista material vai proporcionar felicidade a uma pessoa, a menos que essa conquista tenha a intenção de fazer o bem. A compra daquele objeto tão desejado pode proporcionar euforia e a mesma substância que causa euforia num momento, traz a depressão, em outro.
Saber enxergar as pessoas além do que elas fazem e dizem ajuda muito nos relacionamentos. Há pessoas que lidam com todas as outras, como se todas fossem iguais. Algumas se adaptam ao jeito dela, outras não. As pessoas são como estradas que vamos percorrer. É preciso conhecer bem cada uma e com cada uma, ter cuidados específicos, respeitando as suas limitações, não invadindo os seus espaços restritos e obedecendo a sua sinalização individual.
A gente pode maquiar a cara, escancarar um sorriso, fazer pose de melhor que os outros e até encenar bem, mas não pode maquiar a alma e fingir a vida. Amar o que se tem, aceitar o que se é e conviver bem com os que nos cercam em relações baseadas em VERDADE, é tudo. O contrário disso é NADA. Não viemos ao mundo para agradar aos outros, nem para desagradar. Viemos para viver uma vida, uma individualidade, seguindo as convenções, se nos convier ou criando nossas próprias regras, desde que elas não invadam o espaço alheio, o direito que os outros têm de não saberem, de não verem e não participarem daquilo que não queiram fazer parte. E ignorar quem faz questão de ver o que não queremos mostrar e assim, acabam vendo e propagando até mesmo, o que não existe. Esses são dignos de pena, são os verdadeiros frustrados e portanto, os mais infelizes, pois, o tempo que ocupam observando o alheio, perdem, não cuidando de si. Há quem aponte o errado tendo os dedos sujos, até mesmo com a consciente ou inconsciente intenção de desviar a atenção dos seus próprios defeitos. No fundo, o que incomoda mesmo e o que instiga o incômodo, é a CONCORRÊNCIA, quando a felicidade não é uma mera busca pessoal e sim, uma ornamentação usada para mostrar que um está ou é melhor que o outro, na acirrada competição da sociedade. Exemplo: Se um farmacêutico vir um açougue instalando-se ao lado, não se preocupará nem um pouco. Mas, uma nova farmácia, mesmo que a dez quarteirões da sua, perturba bastante. Na vida é assim também…
Em suma, eu penso que se consegue muito equilíbrio sobre a linha da felicidade, respeitando um ditado antigo e muito correto: Não fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem, ponto.
Certa vez uma amiga formada em psicologia me explicava que existem dois tipos de personalidades: aquelas (mais comuns) que vêem o mundo de fora pra dentro, como se devessem sempre viver de acordo com o mundo externo e as que vêem o mundo de dentro pra fora, fazendo valer, sobretudo, a sua individualidade. Claro que o segundo tipo está mais propenso a se realizar como ser humano, mas também deve estar atento ao equilíbrio nas suas ações e relações…
A realização que está no fato de se alcançar o que se deseja e não é ruim. Mas não pode ser só isto, pois as coisas materiais não entram na morada da felicidade. Ela está no coração e é grátis para quem sabe buscá-la. Não é preciso rascunhar nele “ouro, palácios, poderes, ou infinitos cifrões”, ao invés disso, carimbá-lo com todos os adjetivos positivos encontrados nos dicionários e somar todos eles para uso no dia a dia, obtendo como resultado isto que, no fim das contas, é o que todos buscamos na vida: FELICIDADE!