A Justiça de Ingá vai realizar amanhã, terça-feira (16), a partir das 8h30 da manhã, uma sessão do Tribunal do Júri no auditório do Fórum local. No banco dos réus estará José Alexandre da Silva, acusado de tentar matar Diógenes do Nascimento Oliveira em janeiro de 2016, nas proximidades do Campo do Industrial Esporte Clube, em Ingá.
Segundo a acusação do Ministério Público, José Alexandre, junto com um comparsa, teria atirado contra a vítima, que estava na calçada com o filho recém-nascido no colo. Os disparos não chegaram a matar Diógenes por circunstâncias alheias à vontade dos acusados.
Durante o processo, a Justiça entendeu que existem provas suficientes para que o caso seja julgado pelo júri popular, através do Conselho de Sentença. A acusação sustenta que o crime foi cometido de forma a dificultar a defesa da vítima, já que ela foi surpreendida e atingida pelas costas.
A defesa, por sua vez, nega a participação de José Alexandre no crime. Nos memoriais apresentados, a advogada Simone Cruz da Silva afirmou que não há provas que liguem o réu ao tiroteio, ressaltando que nenhum objeto ou arma do crime foi encontrado em sua posse. Destacou ainda que o acusado sempre negou os fatos e que não se encontrava no local no momento do ocorrido. Por isso, pediu a impronúncia ou absolvição, alegando falta de provas e invocando o princípio do in dubio pro reo (na dúvida, a decisão deve favorecer o réu).
O réu está preso desde setembro do ano passado, quando foi localizado no estado do Ceará, após anos foragido. A juíza Rafaela Pereira Toni Coutinho vai conduzir a sessão, que terá a participação do Ministério Público, da defesa e dos jurados escolhidos.
Ingá Cidadão
