Passageiros com transtornos psicológicos agora têm permissão para viajar de avião com seu bicho de estimação — mesmo que seja um pato
Imagine a cena: nos Estados Unidos, em um voo de cinco horas de Nova York para Los Angeles, o passageiro acomoda-se na poltrona e depara, instalado no assento ao lado, com um pavão-azul. Não, isso não aconteceu — mas por pouco. Em janeiro, a artista plástica americana Ventiko queria porque queria embarcar com o exótico companheiro em um voo da United Airlines. A empresa vetou a entrada de Dexter (o pavão, claro, tem nome) na aeronave e aproveitou a ocasião para fazer uma revisão e estabelecer limites mais claros em sua política de transporte dos chamados animais de suporte emocional, ou ESA, na sigla em inglês — uma categoria de pet cada vez mais comum no exterior e que está começando a pôr as patinhas de fora no Brasil.
Só a concorrente Delta transporta anualmente cerca de 250 000 animais acomodados na cabine, junto aos donos. Eles se encaixam em três classes de, digamos, passageiro. Uma é o cachorrinho ou gato pequeno, levado em caixa apropriada. Outra é o animal de serviço, treinado para auxiliar pessoas com deficiência, principalmente cegos, que sabe se comportar e viaja solto. A terceira é o ESA, o bicho de estimação do qual o dono não se separa porque ele lhe dá tranquilidade e confiança. Sua companhia é prescrita por psicólogos e psiquiatras, como parte do tratamento contra ansiedade, depressão e síndrome do pânico.
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