quarta-feira, abril 24, 2024
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Governador diz que CPI da Cruz Vermelha é inócua e chega atrasada

O governador João Azevedo (PSB), em entrevista, ontem, ironizou a articulação, por deputados estaduais oposicionistas, para criação de uma CPI destinada a investigar desvio de dinheiro de organizações sociais que fazem a gestão de hospitais do Estado, bem como o envolvimento de agentes públicos em esquemas de propina. Ontem, vazaram na internet, com divulgação em blogs e sites jornalísticos, áudios que supostamente registram dois secretários – Waldson de Souza e o procurador Gilberto Carneiro conversando com um empresário. Nos áudios, eles combinam detalhes de uma licitação na área da Saúde e também falam sobre alianças compartidos. O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), adversário dos socialistas, cobrou explicações mais concretas, alegando que foi feito contrato com “uma organização criminosa” no valor de R$ 1,1 bilhão no período todo do governo anterior, de Ricardo Coutinho.

João Azevedo foi enfático ao dizer que os deputados de oposição interessados na CPI estão “atrasados” e querem chamar a atenção da opinião pública. Conforme ele, é inócua a criação de uma CPI para averiguar os contratos entre a administração estadual e a Cruz Vermelha do Brasil. “O papel de uma CPI é fazer relatório e entregá-lo ao Ministério Público. Nesse processo, a oposição está chegando atrasada diante do que está acontecendo, porque o governo já tomou providências e o Ministério Público da Paraíba já está investigando a relação da Cruz Vermelha com seus fornecedores. O que se está pretendendo é holofote”, assinalou o governador.

Por iniciativa de Azevedo foi decretada intervenção em três hospitais paraibanos gerenciados por organizações sociais como a Cruz Vermelha. No Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena em João Pessoa, no Metropolitano de Santa Rita e no Geral de Mamanguape, os interventores estão atuando para, segundo o próprio governador, evitar a ocorrência de problemas e intervenções no atendimento à população.

Além do mais, o Tribunal de Contas do Estado deu um prazo para que o governo instalasse uma comissão interna para monitorar o trabalho dessas OSs nas unidades de saúde. “Tudo está sendo feito com transparência”, ressaltou Azevedo. Por outro lado, o governador informou que está de portas abertas para receber adesões de novos deputados, interessados em contribuir com as propostas que deseja executar. Ele concedeu entrevista quando inspecionava obras na Capital e reafirmou o empenho para assegurar a governabilidade em proveito da população paraibana.

Os Guedes

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