Segundo o Instituto Biopesca, que fez o resgate, o animal já estava morto quando foi encontrado, apresentava sinais de desnutrição e tinha plásticos no sistema digestório.
Um golfinho foi encontrado próximo à orla de Praia Grande, no litoral paulista, com uma espécie de lacre na boca, que o impedia de se alimentar. Segundo o Instituto Biopesca, que fez o resgate, o animal já estava morto quando foi encontrado, apresentava sinais de desnutrição e tinha plásticos no sistema digestório.
A toninha (Pontoporia blainvillei), espécie de golfinho de menor porte, foi vista no fim de semana por um pescador. O animal, que era um macho adulto, já estava morto quando ficou acidentalmente preso na rede que ele havia jogado ao mar. O golfinho foi entregue à equipe do Instituto Biopesca, responsável pelo monitoramento costeiro daquela região.
O veterinário responsável do instituto, Rodrigo Valle, disse ao ‘G1’ que a espécie de golfinho corre risco de extinção. Segundo ele, a toninha estava muito magra, o que indica que ela não conseguia se alimentar há algum tempo por conta do lacre que tinha preso ao bico.
Após exame necroscópico, a equipe ainda constatou que o sistema digestório do animal tinha pedaços de plástico. Para o profissional, a morte do golfinho é mostra o impacto do homem no ecossistema marinho da região.
“Tivemos [ocorrências] com diferentes espécies. O lixo é principalmente plástico, e a situação é bem preocupante”, declarou.
Para descarte de lacre, a orientação é cortá-los, para evitar que prendam animais, além de jogar o material no local correto.
O Instituto Biopesca monitora a costa. Na alta temporada, 110 brinquedos e 155 óculos foram recolhidos em um intervalo de 48 horas. Os objetos em boas condições foram doados.
Ainda segundo o ‘G1’, com informações do instituto, cerca de 70 animais, a maior parte sem vida, encalham e são resgatados mensalmente nos 80 quilômetros de praias de quatro cidades da região.
ClickPB com G1PB