sexta-feira, março 29, 2024
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Nova queda de meteoro é registrada no RS na madrugada desse domingo

Objeto foi identificado por câmeras de observatório às 2h18 e se extinguiu a 70 quilômetros de altitude da costa do estado.

Na madrugada deste domingo (4), por volta das 2h18, foi registrada a queda de um meteoro de magnitude elevada sobre o Rio Grande do Sul. Ele foi flagrado por duas câmeras, em São Leopoldo e em Taquara, e se extinguiu a 70 quilômetros de altitude sobre a costa do estado.

O meteoro iniciou a entrada na atmosfera a 100 quilômetros de altitude, ainda em alto mar, e se extinguiu entre Tramandaí e Capão da Canoa, no Litoral Norte.

Em uma das imagens, é possível ver um feixe de luz se formar e rapidamente se dissolver sobre o céu de São Leopoldo. Em outra, utilizando a câmera All Sky, com visão do céu em 360º, o objeto é registrado em Taquara. Ambos os municípios ficam na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Os registros foram feitos pelo professor Carlos Fernando Jung, diretor científico da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon). Este meteoro, segundo o professor, é denominado “bólido” e possuiu uma magnitude (brilho) de -9.8, que é considerada elevada. A nomenclatura se refere aos que possuem uma magnitude igual ou superior a -4, e recebem o nome popular de “bola de fogo” (“fireball”).

“De 1º janeiro até agora, registrei 10.036 meteoros de magnitudes baixa a média sobre o Uruguai, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e uma faixa de São Paulo”, diz o cientista. “Pelas ocorrências já registradas este ano, pode-se considerar um ano atípico. É um fenômeno normal. O que é mais raro são estes de elevadas magnitudes”, acrescenta.

Jung explica ainda que, embora esteja no período da chuva de meteoros “Delta Aquerídeos do Sul”, a análise indica que não pode ser atribuído a esta classe e que seu radiante é desconhecido. Ele esclarece, ainda, que existem várias classes de maior ou menor incidência conforme o período do ano. O que foi registrado nesta madrugada não se enquadrou em nenhuma, o que o torna um fenômeno esporádico.

Os bólidos podem ser seguidos de explosões ou explodirem no final. Neste caso, houve extinção total e não causou risco para a aviação, conforme o professor.

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