A primeira manifestação após os reajustes das passagens municipal (de 13,3%, passando a R$ 3,40) e intermunicipal (de R$ 2,80 a R$ 3,15, subindo 12,46%) ocorreu de forma pacífica, nesta segunda-feira, no Centro do Rio. Cerca de 400 pessoas caminharam, no início da noite, do Largo de São Francisco até a Cinelândia. Policiais militares de diversos batalhões acompanharam o ato, mas não houve nenhum momento de confronto.

— O valor da tarifa acaba não sendo uma questão técnica, vira questão política. O objetivo é proteger o interesse das empresas. Esse reajuste é um absurdo, uma ilegalidade. É por isso que vamos para as ruas — afirmou um representante do Movimento Passe Livre (MPL) no Rio, identificando-se apenas como Zé.

O MPL, mesmo grupo que comandou os primeiros protestos em junho de 2013, já está convocando novas manifestações para os próximos dias. Na sexta-feira, com concentração na Cinelândia, o ato terá início às 16h, acontecendo simultaneamente em São Paulo e outros diversos estados. O movimento luta, “a médio prazo, pela implementação da tarifa zero nos meios públicos de transporte”.

Antes do protesto, uma plenária reuniu os manifestantes no salão nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. As deliberações, que duraram cerca de uma hora e meia, foram marcadas por ofensas aos adeptos de siglas de partidos.