Processo que envolve o operador do mensalão, Marcos Valério, e ex-governador Eduardo Azeredo ficaria com Carlos Ayres Britto, que se aposento
O advogado Luís Roberto Barroso, escolhido para substituir Carlos Ayres Britto no Supremo Tribunal Federal (STF), deverá ser o relator do processo sobre o valerioduto mineiro, ação que envolve o deputado tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o senador Clésio Andrade(PMDB-MG), acusados de usarem caixa dois de campanha operado pelo publicitário Marcos Valério de Souza. O recém-indicado ainda precisa passar por uma sabatina do Senado para tomar posse.
Inicialmente, a relatoria do valerioduto caberia ao ministro Joaquim Barbosa. Porém, como ele assumiu a presidência do STF, o Regimento da Corte determina que as relatorias devem ser repassadas ao seu antecessor no posto, no caso Carlos Ayres Britto. Como Britto se aposentou em novembro, ao completar 70 anos, Barroso deverá herdar o acervo de Joaquim Barbosa, formado por cerca de 7.000 processos.
Em novembro de 2007, a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia ao STF contra quinze pessoas por peculato e lavagem de dinheiro. Segundo a ação do procurador Antônio Fernando Souza, o esquema destinou recursos para o financiamento da campanha do deputado Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998. Por trás de tudo estava Marcos Valério, que também aparece como operador do escândalo do mensalão. Ele foi condenado pelo STF a 40 anos de prisão no ano passado.
Já o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), que foi candidato a vice na chapa de Azeredo e era sócio em uma das empresas de Valério, também é acusado de peculato e lavagem de dinheiro no esquema operado pelo publicitário.
FONTE: VEJA