terça-feira, abril 23, 2024
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Policial militar morre após helicóptero da corporação cair na Baía de Guanabara

Três tripulantes foram resgatados com vida, mas um ficou preso nas ferragens submerso e passou por massagem cardíaca, mas não resistiu.

Um helicóptero da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) caiu por volta das 8h55 da manhã desta segunda-feira (14) no Canal do Cunha, que dá acesso à Baía de Guanabara, na altura da Favela da Maré, próximo também à interligação da Linha Vermelha com a Avenida Brigadeiro Trompowski, na Ilha do Governador na Zona Norte do Rio de Janeiro. Quatro pessoas estavam a bordo da aeronave e três foram resgatadas com vida, mas um morreu.

Por enquanto, a vítima foi identificada como sendo o sargento Felipe Marques de Queiroz, 37 anos. Ele ficou preso nas ferragens, submerso, durante vários minutos, antes de ser resgatado e passar por massagem cardíaca no local. Na sequência foi transferido num outro helicóptero da Polícia Militar para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no bairro do Estádio, mas não resistiu e teve sua morte confirmada por volta das 11h. Ele estava há 14 anos na PM e tinha três filhos.

Mais cedo, a porta-voz da  Polícia Militar , Claudia Morais, confirmou que o helicóptero acidentado pertence ao Grupamento Aeromóvel (GAM) da corporação e também que o quadro de saúde de um dos tripulantes “inspirava cuidados”. Os demais estão fora de risco.

Pelo menos quatro embarcações da Capitania dos Portos, da própria Polícia Militar e também civis foram utilizadas no resgate. Bombeiros do quartel da Ilha do Fundão foram acionados às 8h55 para prestar atendimento às vítimas da ocorrência e uma faixa da Linha Vermelha , no sentido Centro, chegou a ser interditada para facilitar o resgate e o trânsito no local era intenso. Às 11h, a via ainda não tinha sido liberada.

Além destes, bombeiros do quartel da Ilha do Governador, do Grupamento de Operações Aéreas e do Grupamento Marítimo de Botafogo também auxiliaram no resgate.

Segundo os bombeiros, duas vítimas foram resgatadas de barco, antes de serem atendidas e socorridas pela ambulância e uma terceira vítima conseguiu sair do canal a nado com a ajuda de outras pessoas.

Já o quarto tripulante só conseguiu ser resgatado com a ajuda de outro helicóptero da PM . Às 10h, ainda era possível ver esse tripulante passando por atendimento médico e massagem cardíaca, enquanto outro, que já tinha passado pelo atendimento, apenas aguardava a transferência. Mais tarde, além da confirmação do óbito de um dos policiais, foi informado que outro policial teve uma das pernas fraturadas e um terceiro teve lesões na boca.

A aeronave que caiu é a Fênix 08 da PMERJ e, de acordo com o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), trata-se de um helicópeto modelo esquilo AS 350 BA, fabricado em 1998 pela Helibras. A Anac ainda informa que a aeronave pode carregar cinco pessoas desde que o peso máximo de decolagem não ultrapasse as 2,1 toneladas. O veículo conta com um motor turboeixo.

O Certificado de Aeronavegabilidade – documento que comprova que uma aeronave está com sua condição de aeronavegabilidade validamente verificada – vai até 15 de janeiro de 2022.

O GAM possui uma frota de sete helicópteros, sendo quatro do tipo esquilo que sofreu o acidente nesta segunda-feira (14). As aeronaves são equipadas com guincho de salvamento, gancho de carga, assentos de tropa, rádio policial tático, imageador térmico, gravador de imagens, console tático de missão e de transmissão de imagens em tempo real, alto-falantes e capacetes com óculos de visão noturna.

Em nota, a Secretaria da Polícia Militar informou que a Fênix 08 sobrevoava a região reforçando o patrulhamento na Linha Vermelha que vem registrando seguidos casos de arrastões e que “durante o monitoramento aéreo da via, houve necessidade de fazer um pouso forçado na água”, disse.

Ainda não há informações sobre o que provocou a queda do helicóptero da Polícia Militar na região próxima à Praia de Ramos e à Ilha do Fundão, uma importante saída do Rio de Janeiro, já que faz a conexão com o bairro Galeão, onde fica o Aeroporto Internacional Tom Jobim, e com a via Dutra que liga o Rio de Janeiro à São Paulo.

O acidente será apurado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O Centro de Criminalística da Polícia Militar também acompanhará a apuração.

ClickPB

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