Se o aparelho foi importado da China para a Coreia do Norte, isso poderia constituir violação das sanções impostas pela ONU.
Kim Yo-song, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un, foi vista recentemente segurando o que parecia ser um smartphone dobrável chinês. A imagem foi suficiente para acender um alerta mundial por representar uma possível violação às sanções impostas pela ONU.
O aparelho pode simbolizar uma violação direta da Resolução 2397 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que visa restringir o acesso da Coreia do Norte a bens e tecnologias estrangeiras, especialmente aqueles que podem ser utilizados para fortalecer suas capacidades militares ou para contornar as sanções através da geração de receita em moeda estrangeira.
A resolução proíbe especificamente o fornecimento, venda ou transferência de equipamentos eletrônicos para a Coreia do Norte, uma medida que visa cortar fontes de financiamento para seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos.
A imagem divulgada pela Agência Central de Notícias Coreana (KCNA) capturou Kim Yo-jong com um dispositivo que sugere ser da série Magic da marca chinesa Honor, durante uma visita a um hospital regional recém-inaugurado. O aparelho é anunciado como o “smartphone dobrável mais fino do mundo”. O modelo V3 do telefone é vendido por cerca de R$ 7.500.
Embora a Coreia do Norte afirme produzir seus próprios smartphones sob uma marca local, a presença de um aparelho potencialmente chinês com Kim Yo-jong levanta questões sobre a importação de tais tecnologias.
Em 2023, Kim Jong-un e Hyon Song-wol, um vice-diretor do partido, também foram vistos com telefones dobráveis em fotos divulgadas pela agência oficial norte-coreana, embora os fabricantes ou recursos dos dispositivos não pudessem ser identificados.
Além disso, o ditador norte-coreano já foi fotografado usando produtos da Apple, como iPads e MacBooks, em eventos de grande repercussão no país.
A visibilidade de dispositivos tecnológicos avançados, como smartphones dobráveis, nas mãos de figuras proeminentes do regime norte-coreano, não apenas reflete uma tentativa de projeção de modernidade e progresso tecnológico, mas também sublinha os desafios enfrentados pela comunidade internacional na implementação efetiva das sanções.
Fonte: Portal Correio
