quinta-feira, abril 18, 2024
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Sem dinheiro, UFPB corta terceirizados e entra no cheque especial a partir de setembro

situação de alunos e professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) é de vaca desconhecer bezerro. Com R$ 44 milhões contingenciados pelo Ministério da Educação, serão necessários malabarismos para não fechar as portas a partir de setembro. A reitora da instituição, Margareth Diniz, explicou em entrevista à CBN João Pessoa que o dinheiro disponível para o custeio acaba no fim do mês e que não há outra solução que não seja fazer cortes.

A universidade já dispensou 20% dos servidores terceirizados e esse número poderá chegar a 30%. Apenas o quadro de seguranças não sofreu alteração. -Recebi propostas de trocar a vigilância armada por guardas nas portarias, mas não vou fazer isso num clima de insegurança destes na sociedade-, ressaltou Margareth. Ela explicou que vai tentar destravar os investimentos no próximo dia 22, durante reunião em Brasília.

Caso o dinheiro não venha, o funcionamento vai depender de uma engenharia similar ao uso do cheque especial. Em outras palavras, a UFPB vai ficar devendo na praça. As empresas responsáveis pelo pessoal terceirizado, contratualmente, assumem a responsabilidade de -segurar a barra- por até 90 dias sem pagamento. Ou seja, só receberiam pelos atrasados no ano que vem. Restaria ainda negociar com fornecedores e concessionárias de energia elétrica, por exemplo. Todos teriam que ter maior paciência para esperar o pagamento.

A situação da Paraíba é similar a de outras 63 universidades federais também penalizadas com o contingenciamento. Para economizar, a reitora informou que foi expedida recomendação para o desligamento de ar-condicionado e energia nas salas fora do horário de uso. Houve discussão também sobre o corte de bolsas concedidas aos estudantes, mas ela se recusou.

A UFPB tem 29.993 alunos matriculados, o que representa mais do que a população de 205 cidades paraibanas. Ao todo, são oferecidos 126 cursos de nível superior ofertados. O orçamento previsto para este ano na instituição é de R$ 2,2 bilhões, o terceiro maior da Paraíba. Fica atrás apenas do governo do Estado e da prefeitura de João Pessoa.

Fonte: Resumo PB

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