O Ministério da Defesa de Taiwan acusou os militares chineses de simular ataques aéreos e navais a ilha neste sábado, 6, como mais uma retaliação de Pequim à visita da Presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
“Forma detectarados vários aviões e navios comunistas realizando atividades ao redor do Estreito de Taiwan (…). Os exercícios foram considerados um ataque simulado na principal ilha de Taiwan”, comunicou o governo taiwanês.
Em resposta à simulação, o Exército local diz ter emitido um alerta e acionado as forças de reconhecimento aéreo, navios e lançadores de mísseis em terra para lidar com a situação.
As forças chinesas têm divulgado vídeos e fotos dos exercícios militares, bem como da aproximação à ilha. A televisão estatal chinesa CCTV chegou a informar que os mísseis voaram diretamente sobre Taiwan durante os exercícios, o que não foi confirmado.
“Nas águas ao redor da ilha de Taiwan, mais de 10 destróieres (tipo de navio de guerra) e escoltas marinhas do Comando Oriental se aproximaram de diferentes direções para realizar operações de contenção”, disse o Comando Oriental dos militares chineses, que também informa a realização de um exercício de tiro no sul do Mar Amarelo – localizado entre a China e a península coreana – deste sábado a 15 de agosto.
A visita de Pelosi a Taiwan nesta semana enfureceu os líderes chineses, que alegaram que a delegação de alto nível era uma violação dos direitos territoriais da China e uma provocação deliberada em meio à deterioração das relações EUA-China. Em resposta, as autoridades chinesas anunciaram exercícios militares em seis áreas ao redor de Taiwan, que denuncia “bloqueios marítimos e aéreos”.
O Partido Comunista da China nunca governou Taiwan, mas Pequim afirma que a região de 23 milhões de habitantes é uma parte inalienável de seu território e ameaça tomá-lo à força.
A Casa Branca pediu à China que não exagere, dizendo que a viagem de Pelosi não sinaliza nenhuma mudança na política dos EUA. Mas os exercícios militares chineses, programados para durar até domingo, representam os esforços de Pequim para estabelecer um novo normal de invasão de seu rival.
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