Com a proibição de coligações para a votação proporcional aprovada pelo Congresso Nacional em 2017, muda completamente as estratégias dos candidatos a vereador buscando a vitória nas urnas nas eleições de 2020.
Antes, os partidos podiam fazer coligações que formavam blocos partidários somando as votações obtidas, agora cada partido terá que alcançar o coeficiente eleitoral em votação própria.
Tendo como exemplo o município de Ingá, cada partido para eleger um vereador terá que atingir cerca de mil e cem votos. Portanto, se a estratégia anterior era de fazer uma coligação de partidos para somar votos, agora é mais acertado se juntar um grupo de candidatos bons de votos em um determinado partido.
Ainda tendo como exemplo a eleição de Ingá, o candidato a prefeito que tenha muitos candidatos ao cargo de vereador, deverá dividir as candidaturas em dois ou três partidos para eleger o máximo de vereadores, enquanto a candidatura a prefeito que tenha uma quantidade menor de candidatos a vereador, deverá concentrar em um único partido ou no máximo dois.
Do jeito que estava antes, com as coligações, estimulava a proliferação de partidos políticos de modo que criava situações nas câmaras que praticamente cada vereador era dono de seu próprio partido político. Tendo a Câmara de Ingá como exemplo, que conta com 11 vereadores eleitos e 10 partidos diferentes. Com a nova regra sem coligações esse número de partidos cairá pela metade, sendo um fato positivo.
Serra Redonda, 9 eleitos por 8 partidos. Riachão do Bacamarte, 9 eleitos por 8 partidos contando com o suplente que assumiu. E Itatuba, 9 eleitos por 5 partidos.
Diante disto, os vereadores que conquistaram mandatos na eleições de 2016 estão aproveitando a janela partidária que começou em 05 de março e vai até o dia 03 de abril, para mudar de partido sem correr o risco da perda do mandato, se fortalecendo para as eleições de 2020.
Nos bastidores a política ferve com articulações, negociações, entendimentos e formação de estratégias dos principais grupos políticos de Ingá, Itatuba, Riachão do Bacamarte e Serra Redonda. Até o dia 03 de abril as filiações deverão estar definidas e surpresas poderão acontecer, aliados passarão a ser adversário e vice-versa.
O eleitor mais atento fica de olho nas movimentações partidárias. Enquanto outros, a maioria, só demonstra interesse quando das proximidades das eleições, que geralmente no pleito municipal votam na pessoa do candidato, pouco ligando para partidos políticos.
Charge: Blog do Valdemir
Ingá Cidadão