Na manhã de 16 de julho de 2020, os ingaenses e toda a Paraíba foram impactados com a triste notícia da morte do prefeito Manoel da Lenha.
A Covid-19 pôs fim a uma trajetória política brilhante e vitoriosa que marcou para sempre a história recente de Ingá, além de cravar nos corações ingaenses uma perda gigante de um paizão generoso, um amigo das horas difíceis, figura extrovertida, carismático e festeiro, que gostava de estar perto e no meio do povo. Um político decidido, corajoso, grande estrategista, sincero e as vezes explosivo, mas que no momento seguinte sabia reconhecer e agir no tempo certo da reconciliação sem rancores, de modo que suas muitas qualidades ofuscavam seus defeitos. Contrariando os “aconselhamentos políticos”, nunca negou que gostava da farra, “de tomar uma”, até enfatizava em suas falas públicas, e adorava estar rodeado de amigos em momentos de descontração.
CORAGEM E DETERMINAÇÃO
No momento político em que poucos acreditavam, Manoel da Lenha selou uma forte união com Mendonça e conquistou uma espetacular vitória para seu primeiro mandato em 2012. Depois, já cacifado por uma boa gestão e alta popularidade soube reconhecer a importância política do ex-prefeito Antônio Burity, buscou uma conciliação e foi reeleito em 2016 ao lado de Berinho, como costumava se referir ao então vice-prefeito Robério Burity.
SAIU DE CENA NO AUGE
Governou o Ingá por 7 anos e seis meses e deixou seu legado, sua marca, como era o desejo dele. Foi mais além, conquistou o reconhecimento até de adversários ainda em vida. Mas, tudo tem seu tempo e quis o destino traçado por Deus que Manoel da Lenha fosse recolhido no auge de sua trajetória deixando saudosas memórias, e deixasse Ingá nas mãos do vice por ele escolhido para o município continuar crescendo e avançando.
FRASES CARACTERÍSTICAS
Em seu jeito simples de se pronunciar, algumas frases eram constantes nos discursos de Manoel da Lenha:
“Vai dar tudo certo” – Inesquecível frase de otimismo que gostava de repetir para motivar os companheiros e militância embalados pela música gospel que encerrava seus atos políticos.
“O Ingá mudou. Ingá hoje tem outra cara” – quando fazia referências às obras que realizou e que realmente mudou e aspecto urbano da cidade.
“Só um cego que não quer ver” – quando se referia aos críticos que não reconheciam seu trabalho.
“Quem planta coisas boas, colhe coisas boas” – quando se referia a seu passado que gostava de ajudar as pessoas mesmo antes de entrar na política.
“Isso é conversa pra boi dormir”- quando rebatia as críticas da oposição.
“É LENHAAA !! – dito do povo para expressar apoio ao prefeito.
“Nesta vida estamos de passagem. E a gente tem que deixar um rastro de coisas boas para ser lembrado como uma pessoa boa, que trabalhou por sua terra.” – Quando manifestava seu desejo de trabalhar, fazer mais por sua terra e deixar um legado positivo.
Dentre outros tantos momentos bons, estas frases simples representam algumas das muitas lembranças que ficarão para sempre gravados nos corações dos que o cercavam e no imaginário popular, bem como no convívio familiar representados nas pessoas de Dona Jane, Pierre, Jan e Lucas. Que Deus acolha, conforte e preencha sua falta.
In memorian
