Homem usava o nome de uma empresa da Paraíba para emitir certificados falsos de supletivo do ensino médio. Polícia acredita que mais de 200 pessoas foram vítimas.
Um homem de 26 anos de idade foi preso no Recife pela Polícia Civil por suspeita de emitir certificados falsos de conclusão de supletivo de ensino médio. Segundo a corporação, o estelionatário costumava usar o nome de uma empresa existente em João Pessoa, capital da Paraíba. Ao menos 33 pessoas foram vítimas do mesmo crime. (Veja vídeo acima)
A prisão foi realizada na terça-feira (2), em uma sala comercial que o homem mantinha no bairro de São José, no Centro do Recife. O homem foi preso no momento em que ia entregar os documentos falsificados a vítimas. O caso foi divulgado nesta quarta-feira (3).
Segundo a delegada Viviane Santa Cruz, da Delegacia de Repressão ao Estelionato, inúmeros certificados foram apreendidos com o homem preso. Os documentos, que custavam R$ 250, eram falsos, porque o homem não tinha autorização da empresa que promovia, na Paraíba, o curso ao qual ele dizia ser filiado.
“O que a gente observou é que o autuado oferecia curso e prova do supletivo alegando que, assim que você concluísse e passasse por essa prova, iria emitir um certificado que lhe autorizaria, por exemplo, a entrar numa universidade” explicou a delegada.
Segundo Viviane, a denúncia chegou a Pernambuco por meio da Polícia Civil da Paraíba, que recebeu denúncias realizadas no referido estado. O estado pediu colaboração à polícia de Pernambuco, local onde os crimes eram realizados
Homem foi preso no Recife por emitir certificados falsos de conclusão de supletivo do ensino médio — Foto: Mônica Silveira/TV Globo
Algumas das provas aplicadas, segundo a delegada, se aproximavam às provas aplicadas no curso que funcionava regularmente na Paraíba.
“O que observamos é que as vítimas não tinham nenhum conhecimento. Algumas, inclusive, chegaram a ficar surpresas quando a gente comunicou essa situação. Muitas vinham do interior e queriam uma facilidade, de fazer um curso rápido, mas não tinham conhecimento de que havia a irregularidade. Ele divulgava, através de panfletos, que havia autorização do [Ministério da Educação] MEC para funcionar”, complementou Viviane.
O homem foi autuado pelo crime de estelionato na forma continuada, com penas que variam entre um e cinco anos de prisão.
G1PB