terça-feira, julho 22, 2025
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Suprema corte da Alemanha permite suicídio assistido

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“Se eu não aguentar mais a dor, gostaria que me deixassem ir”, pede Melanie S. ao médico Lukas Radbruch, no Hospital Universitário Bonn-Venusberg, na Alemanha. A mulher de 63 anos sofre de câncer de pulmão em estágio avançado. Para ela, o que é particularmente preocupante é, repentinamente, não ser capaz mais de engolir e morrer sufocada.

Ela diz não querer vivenciar isso com plena consciência. Após o veredito do Tribunal Constitucional Federal desta quarta-feira (26), Melanie ousou falar abertamente sobre a possibilidade de suicídio acompanhado por um médico.

Essa assistência era, na prática, proibida pelo Parágrafo 217 do Código Penal Alemão. O Bundestag criara a lei em dezembro de 2015 com a intenção de proibir associações ou indivíduos de “fazerem negócios com a morte”. Tais ofertas haviam vivenciado um verdadeiro boom nos anos anteriores, e os legisladores quiseram dar uma resposta. A lei dizia: “Quem, tendo a intenção de promover o suicídio de outrem, lhe garantir, obtiver ou intermediar essa oportunidade em caráter comercial, será punido com pena de até três anos de prisão ou multa.”

Desde então, os juristas discutiram acirradamente sobre o conceito de “caráter comercial”. Afinal, o “aconselhamento repetido” sobre a morte assistida já seria passível de punição. Mesmo uma referência a um “jejum até a morte”, por meio da abstenção de alimentos, já poderia ser punido. As consequências dessa situação foram amplas.

Viagem para a morte

Pois, além de os prestadores de serviços de morte assistida terem retirado suas ofertas para o público, também os médicos ou funcionários de hospitais alemães passaram a não mais dar aconselhamentos sobre o tema morte assistida.

Assim, a única coisa que restava aos doentes terminais dispostos a morrer era uma viagem à Suíça, à Holanda ou à Bélgica para encontrar ofertas adequadas. Nesses países, a assistência ao suicídio é permitida.

Quem não pudesse realizar essas viagens devido à falta de condições físicas ou financeiras não tinha outra opção a não ser pedir a um membro da família para que ajudasse no suicídio. Familiares que concordassem em fazê-lo permaneceriam impunes. Mas que doentes terminais gostariam de sobrecarregar seus parentes com esse pedido?

Deixados à sua própria sorte, muitos afetados viam isso como uma afronta. Pacientes, médicos e associações para a morte assistida entraram com um recurso junto ao Tribunal Constitucional Federal. E os juízes decidiram que a atual situação não poderia continuar.

“O Parágrafo 217 não é compatível com a Lei Fundamental [Constituição]”, proferiu o presidente da segunda turma do Tribunal Constitucional Federal nesta quarta-feira. Como a dita cláusula não tem mais validade legal, a morte assistida passa a ser possível, como era antes de 2015, ou seja, dentro dos antigos limites. Os médicos podem, portanto, fornecer informações sobre suicídio assistido e proporcionar eutanásia passiva, ou seja, disponibilizar um medicamento mortal.

Medicina paliativa

O advogado especializado em direito medicinal Wolfgang Putz foi um dos envolvidos no caso. Ele falou sobre condições insustentáveis que precisam ser urgentemente repensadas: “A influência das duas grandes igrejas na Alemanha sobre os tomadores de decisão ainda é muito grande na política, mesmo que sejamos, em tese, um Estado secular.”

A Igreja Evangélica e a Igreja Católica são contra qualquer forma de eutanásia ou suicídio assistido. Representantes se declararam decepcionados com a decisão.

Putz disse considerar positivo que o Tribunal Constitucional Federal, como a mais alta autoridade legal na Alemanha, venha novamente regular o direito à autodeterminação das pessoas, assegurada na Constituição.

O médico Lukas Radbruch, que há muito tempo ouve as preocupações e angústias de Melanie S., disse que agora é importante muita sensibilidade por parte dos médicos. Ele também é presidente da Sociedade Alemã de Medicina Paliativa, ou seja, a medicina para aliviar a dor quando a cura não é mais possível.

Ele disse ter constatado que a questão do suicídio assistido é frequentemente um pedido de ajuda, uma esperança “de uma saída de emergência”. Radbruch aponta que quando pôde ofertar um sedativo como alternativa, isso foi aceito de bom grado na maioria dos casos.

“Se a atual decisão do Tribunal Constitucional Federal for percebida como um novo estímulo aos prestadores de serviço de suicídio assistido, isso significa um desenvolvimento perigoso para a nossa sociedade”, alerta.

Ele teme que muitas pessoas com doenças terminais reiterem ainda mais que não querem ser um fardo para os outros. Para ele, não se deve criar de forma alguma uma situação de pressão para os doentes. E as barreiras para alguém acabar com a própria vida não devem ser reduzidas sob nenhuma circunstância.

O Tribunal Constitucional Federal reconheceu que os objetivos da lei de 2015 eram legítimos. O argumento de então era: o Estado deve proteger a vida, e o suicídio assistido por meio de associações não deve se tornar a regra na sociedade alemã. Além disso, ninguém deve se sentir pressionado a morrer para não ser um peso para seus parentes. Mesmo que tudo isso seja legítimo, não se pode tornar retirar de uma pessoa a decisão final sobre a própria vida, determinaram os juízes na decisão desta quarta-feira.

Decisão não esperada

Desde meados dos anos 1990, o médico Uwe-Christian Arnold, de Berlim, esteve envolvido ativamente na prestação de suicídio assistido. Ele arriscou perder sua licença médica porque violou o juramento profissional de sempre promover a vida.

No entanto, Arnold venceu todos os processos contra ele e, de acordo com suas próprias declarações, acompanhou mais de cem pessoas em toda a Alemanha, após intensas pesquisas e conversas sobre o estado mental de “seus pacientes”, na morte que desejavam.

Ele foi um dos queixosos contra o parágrafo 217. Arnold deveria fazer uma declaração de cinco minutos perante o Tribunal Constitucional Federal em abril de 2019 e relatar sobre sua prática profissional.

O presidente do Tribunal Constitucional Federal, Andreas Vosskuhle, engajou-se pessoalmente pelo testemunho de Arnold e estava particularmente interessado na situação de vida dos pacientes que expressam desejos de suicídio e como eles são tratados. Mas isso nunca aconteceu. Arnold sofria de câncer nos ossos e morreu antes do julgamento. No entanto, o seu advogado foi autorizado a ler uma declaração.

Arnold não contava que o Tribunal Constitucional Federal revogasse o Parágrafo 217. Mas foi o que aconteceu.

CLICK PB

Cai número de assassinatos para 9,1% no período de carnaval na PB

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O número de assassinatos no período de carnaval na Paraíba caiu 9,1% com relação a 2019, conforme divulgado nesta quarta-feira (26) pela Secretaria de Segurança do Estado. A Pasta informou que houve um caso a menos, sem homicídios registrados em locais de festa.

De acordo com o Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Pasta, este ano foram contabilizados 10 casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte – no período no carnaval (sexta a terça-feira). As ocorrências aconteceram nas cidades de João Pessoa, Santa Rita, Soledade, Aroeiras, São Miguel de Taipu, Fagundes, Junco do Seridó e Catolé do Rocha.

Mais de 3,3 mil policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros foram empregados em todo o estado durante o feridão de carnaval. Segundo a Segurança, este é o quarto ano seguido de redução no número de mortes no período em toda a Paraíba.

Página 1 PB

Com Supremo desmoralizado, decano afirma que Bolsonaro não está a altura do cargo

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O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), reagiu à iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de compartilhar em grupos de WhatsApp vídeos que convocam manifestações para o próximo dia 15 a seu favor e contra a corte e o Congresso.

Segundo o decano do STF, a iniciativa, “se confirmada”, revela “a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático!!!”.

O ministro enviou a mensagem por escrito à reportagem. No texto, Celso de Mello afirma ainda: “O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica da Constituição e das leis da República”. Os crimes de responsabilidade são passíveis de pena de perda do cargo -ou seja, de impeachment.

Página 1 PB

CAGEPA comunica interrupção no abastecimento de Ingá

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COMUNICADO DE INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ÁGUA

A Cagepa comunica que o abastecimento de água está interrompido, nesta quinta-feira (27), na cidade de Ingá.

A interrupção do fornecimento se fez necessária para que técnicos da Cagepa realizem manutenção corretiva no sistema elétrico da estação elevatória de água tratada que atende o município, objetivando aprimorar os serviços prestados pela Companhia.

A previsão é que o abastecimento seja retomado, gradativamente, a partir das 17h de hoje (27).

Mais informações podem ser obtidas gratuitamente através do telefone 115.

Moradores encontram ninho gigante de vespas em SP: ‘Assustador’

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O jornalista Ivan Edson encontrou a estrutura, já desocupada pelos insetos, em uma residência abandonada na área rural de Itaóca, SP.

Policiais fardados são flagrados em bar com indícios de embriaguez

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Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, os agentes foram identificados, presos disciplinarmente e conduzidos para a Corregedoria-Geral, conforme apuração do portal UOL.

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Rubro-Negro tem Willian Arão expulso aos 21 minutos do primeiro tempo, mas supera desvantagem com grande atuação da defesa e ataques cirúrgicos. Gabriel e Gerson marcam os gols do jogo e são os grandes destaques

Justiça determina uso de tornozeleira eletrônica para ex-secretário Waldson de Souza e mais dois investigados na Operação Calvário

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As mesmas medidas serão aplicadas aos investigados Denise Krummenaur Pahim e José Arthur Viana Teixeira.

INGÁ: Missa de Cinzas marca início da quaresma

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Cristãos católicos lotaram a Igreja Matriz para a tradicional missa de cinzas que marca o início da quaresma. 

O Padre Mário destacou a importância do jejum, da caridade e da confissão neste período de quarenta dias que antecede a páscoa cristã.

A data é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, para recordar a passageira fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Coincide com o dia seguinte à terçafeira de Carnaval e é o primeiro dos 40 dias (Quaresma) entre essa terçafeira e a sexta-feira (Santa) anterior ao domingo de Páscoa.

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