O chefe da defesa nuclear da Rússia, tenente-general Igor Kirillov, foi morto em um suposto atentado a bomba, nesta terça-feira (17/12), do lado de fora de um prédio de apartamentos na avenida Ryazansky Prospekt, a poucos quilômetros do Kremlin.
A explosão foi causada por um dispositivo escondido dentro de um patinete elétrico, segundo informou o comitê investigativo do país. Um assistente de Kirillov também foi morto, de acordo com informações do jornal britânico The Guardian.
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O atentado ocorre um dia depois de a Ucrânia acusar o general de usar armas químicas proibidas em território ucraniano, de acordo com o Kyiv Post.
Kirillov era o responsável pelas forças de proteção contra radiação, química e biológica, da Rússia. Investigadores russos abriram investigações sobre as duas mortes, disse a porta-voz do comitê investigativo, Svetlana Petrenko.
“Investigadores, especialistas forenses e serviços operacionais estão trabalhando no local”, disse ela em um comunicado. “Atividades investigativas e de busca estão sendo realizadas para estabelecer todas as circunstâncias em torno deste crime.”
“Operação especial”
O assassinato de Igor Kirillov foi uma “operação especial” do serviço de segurança SBU da Ucrânia, segundo afirmou uma fonte às agências internacionais de notícias.
“A liquidação do tenente-general Igor Kirillov, chefe das tropas de defesa radiológica, química e biológica das Forças Armadas Russas, é uma operação especial do SBU”, disse a fonte.
Kirillov foi sentenciado à revelia por um tribunal ucraniano em 16 de dezembro pelo uso de armas químicas proibidas durante a operação militar da Rússia na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.
O Serviço de Segurança da Ucrânia disse que registrou mais de 4,8 mil usos de armas químicas no campo de batalha desde fevereiro de 2022, particularmente granadas de combate K-1.
Metrópoles