A concretagem do primeiro vão da Ponte do Futuro, com mais de 30 metros de extensão, foi concluída nesta quinta-feira (14), em Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Conforme observou o ClickPB, o primeiro vão possui uma extensão de 33 metros de comprimento e recebeu a aplicação do concreto sobre a estrutura da ponte.
Outro vão no mesmo segmento está em fase final de preparação para receber as vigas e, logo em seguida, será concretado.
Obras da Ponte do Futuro. (Foto: divulgação/Secom-PB)
Na outra margem do Rio Paraíba, em Santa Rita, duas construtoras estão trabalhando em ritmo acelerado na instalação das vigas em dois vãos da Ponte.
Já foram instaladas todas as estacas. Nas próximas etapas serão construídas as transversais, vigas, pré lages, lage e por último, o asfalto.
Obras da Ponte do Futuro. (Foto: divulgação/Secom-PB)
Segundo o gestor da obra, engenheiro Aluísio Lucena, a construção da Ponte do Futuro segue dentro do cronograma:
Foram implantadas 12 estacas no parte de Cabedelo e 18 no parte de Santa Rita;
Estão prontas oito travessas na parte de Cabedelo e mais quatro na parte de Santa Rita e
As obras avançam na pavimentação dos 19 quilômetros de estrada que vai ligar a PB-011 à BR-101.
Obras da Ponte do Futuro. (Foto: divulgação/Secom-PB)
Sobre a obra
A construção do Complexo Rodoviário Ponte do Futuro, que interligará os municípios de Cabedelo, Santa Rita e Lucena, é uma obra do Governo da Paraíba, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB), que vem sendo executada pelo Consórcio Jampa, liderado pelas construtoras A Gaspar e a Arteleste. Os investimentos somam R$ 465,5 milhões de recursos próprios do estado.
Obras da Ponte do Futuro. (Foto: divulgação/Secom-PB)
As obras da Ponte começam no quilômetro 9,64 da BR-230, no município de Cabedelo. Serão construídas duas pontes, uma com 2,15 km e outra com 420 metros, além de um viaduto sobre a linha férrea, com 40 metros. A ponte maior será no braço de mar em Jacaré e a outra no Rio da Guia, no município de Lucena.
O Complexo também contempla o prolongamento da PB-011, de Forte Velho a Lucena, com 11,2 km de extensão, até o entroncamento com a PB-019; além da adequação da PB-025 até o entroncamento com a BR-101, com 500 metros de extensão.
Obras da Ponte do Futuro. (Foto: divulgação/Secom-PB)
Além do impacto econômico, a obra proporcionará melhor mobilidade urbana na Região Metropolitana, com menos acidentes de trânsito, redução no tempo de deslocamento e melhoria na qualidade de vida dos moradores, aliados à diminuição dos índices de poluição ambiental.
Obras da Ponte do Futuro. (Foto: divulgação/Secom-PB)
Sessão marcou aprovação de projeto para incentivo na saúde, moção de aplausos a militares e balanço do prefeito Chicão sobre ações e obras em andamento no município.
O influenciador paraibano Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15) em São Paulo, alvo de investigações do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) por suposta exploração e exposição de menores de idade em conteúdos para redes sociais.
Na última terça-feira (12), o MPPB obteve decisão judicial para suspender as redes sociais de Hytalo e determinar a desmonetização dos conteúdos já publicados. A promotora Ana Maria França também pediu, e a Justiça acatou, a proibição de contato do influenciador com adolescentes citados nos processos.
Na quinta-feira (14), a Justiça apreendeu um computador e celulares em sua residência em João Pessoa. Na tentativa anterior, na quarta-feira (13), os oficiais de Justiça encontraram o imóvel fechado.
Em nota, a defesa alegou que Hytalo não tinha conhecimento prévio do mandado de busca, por ser uma medida sigilosa, e afirmou que ele está à disposição para esclarecer o caso. “Jamais compactuou com qualquer ato atentatório à dignidade de crianças e adolescentes, e tudo será provado no curso da investigação”, disse.
O MPT também conduz apurações sobre o caso. Segundo o procurador Flávio Gondim, mais de 50 vídeos foram analisados e mais de 15 depoimentos colhidos, incluindo de pessoas que trabalharam na produção dos conteúdos. “As investigações se basearam em análise criteriosa de materiais e documentos”, afirmou.
Os municípios de Serra Redonda e Riachão do Bacamarte foram contemplados com um importante reforço na área habitacional graças à atuação do senador Veneziano Vital do Rêgo. Ao todo, serão construídas 40 novas unidades por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, sendo 20 para cada cidade.
Uma adolescente morreu em Cruz do Espírito Santo, na Zona da Mata paraibana, após inalar desodorante para um desafio feito nas redes sociais. O caso aconteceu nessa quarta-feira (13) e a menina tinha 15 anos.
Segundo as informações iniciais, a adolescente participou do desafio durante uma videochamada com colegas de escola. O ato de perigo consiste em inalar o desodorante o maior tempo possível. Uma parente da menina a encontrou desmaiada no chão.
O Samu foi acionado, tentou a reanimação da menina, mas foi constatada a morte da jovem.
Na manhã desta quinta-feira, 14 de agosto, a 1ª Vara Mista de Ingá realizou audiência no processo nº 0801243-57.2025.8.15.0201, que apurava supostos crimes de calúnia, injúria e difamação contra o Secretário Municipal de Infraestrutura de Ingá, Martizalem de Oliveira Silva. A sessão foi conduzida pela juíza Rafaela Pereira Toni Coutinho, com a presença do Ministério Público e dos advogados das partes.
“Estou disposto a ir às últimas consequências para retirar esse psicopata do poder”.
Foi nesse tom que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se referiu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes durante entrevista à BBC News Brasil concedida em Washington, momentos antes de se reunir com autoridades do governo americano para discutir possíveis novas sanções ao Brasil ou a autoridades brasileiras.
Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo chegaram na quarta-feira (13/8) a Washington para uma série de reuniões com representantes do governo do presidente Donald Trump.
Eles são vistos, inclusive por autoridades do governo brasileiro, como dois dos principais articuladores das sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.
Na tarde desta quarta-feira, Eduardo concedeu entrevistas à BBC News Brasil e à BBC News.
Na entrevista à BBC News Brasil, ele disse que o governo Trump tem diversas outras ferramentas para exercer pressão sobre o Brasil para que o país, na avaliação dele, volte à normalidade democrática.
“Trump segue tendo uma possibilidade muito grande na a sua mesa sobre a aplicação de sanções. Há a extensão da Lei Magnitsky para outras pessoas. Há, na mesa do secretário Marco Rubio, a retirada de vistos, entre outros mecanismos de pressão para tentar fazer com que o Brasil saia dessa crise institucional que nós vivemos”, diz o parlamentar.
Eduardo Bolsonaro também não descartou sanções aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), caso eles não dêem início à tramitação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e ao processo de impeachment de Alexandre de Moraes.
“Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição. Eu sei que é o seguinte: eles já estão no radar e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil.”
Eduardo Bolsonaro tem 41 anos de idade e é o terceiro dos cinco filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2014, foi eleito deputado federal pela primeira vez. Em 2018, foi eleito com mais de 1,8 milhão de votos, o que lhe garantiu o título de deputado federal mais bem votado da história de do Brasil. Em 2022, foi reeleito.
Em março deste ano, no entanto, Eduardo Bolsonaro anunciou que tirou licença do cargo de deputado federal e se mudou para o Texas, onde está vivendo com a sua família. Ele diz viver em “exílio” numa crítica ao que chama de perseguição política que ele, seu pai e apoiadores bolsonaristas estariam sofrendo das autoridades, especialmente, de Alexandre de Moraes.
Desde então, ele se tornou um dos principais defensores das sanções impostas pelo governo americano ao Brasil.
‘Liberdade vale mais do que a economia’
No dia em que Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e vinculou-as ao julgamento de Jair Bolsonaro por seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, Eduardo foi às redes sociais e celebrou o tarifaço.
“Obrigado a você, presidente Trump – torne o Brasil livre de novo – nós queremos Magnitsky”, disse o parlamentar em uma postagem no X (antigo Twitter), em uma menção à Lei Global Magnitsky, criada para punir violadores de direitos humanos e que foi utilizada posteriormente pelo governo Trump para impor sanções econômicas a Alexandre de Moraes.
Jair Bolsonaro é réu no processo que apura uma suposta trama golpista para impedir que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumisse o poder após vencer as eleições de 2022.
Bolsonaro nega seu envolvimento no caso e alega ser vítima de uma perseguição política.
Eduardo Bolsonaro é alvo de uma investigação que também tramita no STF e que apura os supostos crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado democrático de direito.
Um dos fatos investigados pela Polícia Federal (PF) é a suposta atuação de Eduardo junto a autoridades norte-americanas contra a soberania do Brasil no caso das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Eduardo classifica os crimes atribuídos a ele como acusações “fantasiosas”.
Atualmente, o destino do mandato do parlamentar é incerto, já que o prazo da sua licença expirou em 20 de julho.
Nesta quarta, no mesmo dia em que Eduardo chegou novamente a Washington, Marco Rubio anunciou uma nova rodada de sanções contra autoridades brasileiras, desta vez contra pessoas envolvidas no programa Mais Médicos, que, segundo Rubio, faria parte de um “esquema” para explorar a força de trabalho de médicos cubanos.
Novamente, Eduardo comemorou as sanções.
“EUA anunciam mais restrições e perda de vistos para autoridades brasileiras! Obrigado Presidente Trump e secretário Rubio”, disse o parlamentar.
Na entrevista à BBC News Brasil, Eduardo Bolsonaro disse que apoiará qualquer candidato que seu pai apoie caso ele não possa ser o candidato da direita às eleições presidenciais.
Sobre os impactos do tarifaço sobre a população brasileira, ele defendeu que ela suporte os efeitos negativos da medida.
“Vale a pena lutar. A nossa liberdade vale mais do que a economia”.
Leia a seguir a entrevista com o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Legenda da foto, ‘A nossa liberdade vale mais do que a economia’, respondeu Eduardo Bolsonaro quando perguntado que recado daria aos brasileiros impactados pelas tarifas americanas
BBC News Brasil – O senhor teve uma série de agendas hoje em Washington. Estão sendo preparadas mais sanções contra o Brasil ou contra autoridades brasileiras?
Eduardo Bolsonaro – Certamente, durante essas agendas, a gente vai ter a possibilidade de levar as atualizações daquilo que está acontecendo no Brasil, os últimos acontecimentos como as repercussões da prisão domiciliar do meu pai, o ex-presidente Bolsonaro, e certamente Trump segue tendo uma possibilidade muito grande sobre a sua mesa sobre a aplicação de sanções.
Há a extensão da Lei Magnitsty para outras pessoas. Há, na mesa do secretário Marco Rubio, a retirada de vistos, entre outros mecanismos de pressão para tentar fazer com que o Brasil saia dessa crise institucional que nós vivemos.
Uma grande batalha que nós temos, e a gente tem batido nessa tecla, seria aprovar, ou pelo menos, apreciar o projeto de lei da anistia [aos envolvidos no 8 de Janeiro].
Essa é uma pauta do maior partido da Câmara de Deputados, que é o PL, nosso partido. Há mais de cinco meses o PL tenta pautar sem sucesso.
Chega um momento em que as promessas de tratativas não dão mais certo e, realmente, você começa a ter algo tido como mais radical, como por exemplo, que foi a ocupação da mesa da Câmara dos Deputados.
BBC News Brasil – O senhor vai defender diretamente, na Casa Branca, sanções contra os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre?
Eduardo Bolsonaro – O que nós fazemos aqui é que nós entregamos os nossos pontos de vista, às vezes, documentos, matérias de imprensa. O que eu posso te dizer é que a própria inteligência americana já produziu muitos relatórios. Dezenas de relatórios.
Eles têm uma possibilidade muito grande na mesa deles para apertar os botões que eles entenderem pertinentes e se isso for levado à mesa do presidente Trump, ou do secretário Marco Rubio ou até mesmo do secretário do Tesouro [Scott Bessent] eles é que vão escolher o que fazer. Eu sou apenas um conselheiro informal.
BBC News Brasil – Mas o senhor pessoalmente defende que sanções sejam impostas a Alcolumbre e Motta?
Eduardo Bolsonaro – Eu acho que nesse momento você tem que permitir o Congresso trabalhar. A gente está num momento de pressão, tem muita novidade acontecendo, Alexandre Moraes sancionado, oito ministros da Suprema Corte que perderam seus vistos.
A gente tem que dar a oportunidade do Congresso funcionar. Eu acho que nesse momento, agora, não. Certamente, assim como muitos enxergam o [ex-presidente do Senado] Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como uma peça que protegeu esse regime, se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição.
O que eu sei é o seguinte: eles já estão no radar e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil e sabem que, por exemplo, o processo de anistia depende de ser iniciado pela mesa do presidente Hugo Motta.
O processo de impeachment [de Moraes] já tem 41 assinaturas no Senado e deveria ser ao menos iniciado e tudo está em jogo e acontecendo neste momento.
BBC News Brasil – Deputado, o senhor diz que o Brasil hoje vive uma espécie de ditadura…
Eduardo Bolsonaro – Só para ratificar, eu digo que o Brasil hoje vive uma ditadura, não uma espécie de ditadura. Quero ser mais enfático.
CRÉDITO, GETTY IMAGES
Legenda da foto, Alcolumbre e Motta estariam no ‘radar’ das autoridades americanas, diz Eduardo Bolsonaro
BBC News Brasil – O senhor afirma que o Brasil hoje vive uma ditadura, mas o Congresso Nacional continua aberto, continua funcionando, com votações que continuam ocorrendo. Em 2024, houve eleições municipais aqui no Brasil, a direita venceu em mais de 2,7 mil cidades. Em 2022, o seu partido elegeu a maior bancada da história. Inclusive o senhor foi reeleito com uma votação expressiva. Que ditadura é essa que o senhor descreve?
Eduardo Bolsonaro – É a ditadura que matou o Clezão, que coloca o deputado federal mais votado da história [o próprio Eduardo Bolsonaro] em exílio nos Estados Unidos e me acusa por crimes fantasiosos que podem me levar a 20 anos de cadeia se retornar ao Brasil.
É a ditadura que não permite o líder das pesquisas concorrer nas eleições do ano que vem e que corre, à luz do dia, acelerando o máximo possível o processo [criminal contra Jair Bolsonaro], inclusive violando a ampla defesa […]
Essa é a ditadura que o Brasil vive. Se o Congresso Nacional estivesse livre, poderia perfeitamente ter iniciado o processo de impeachment de Alexandre de Moraes ou ter iniciado o processo de votação da anistia. Por que isso não acontece? Moraes mandou a Polícia Federal na casa do pai do Hugo Motta, presidente da Câmara.
Depois, chamou o Hugo Motta para conversar num jantar e, depois de jantar, Hugo Motta mudou totalmente o seu discurso.
Quem antes era a favor da anistia, pelo menos para levar a votação, depois passou a ser contra a anistia. Me surpreende as pessoas não enxergaram isso daí como sendo uma ditadura.
[Nota da redação: “Clezão” é o Cleriston Pereira da Cunha, preso por envolvimento no 8 de Janeiro de 2023 e que morreu, segundo autoridades, de mal súbito durante um banho de sol em uma penitenciária de Brasília. Sua família, no entanto, argumenta que ele teria sido submetido a maus-tratos durante sua detenção]
BBC News Brasil – Ontem, o Departamento de Estado divulgou um relatório sobre os direitos humanos no Brasil. Esse relatório cita uma piora nos direitos humanos, mas não classifica o Brasil como uma ditadura ou como um regime autoritário. Nenhum órgão internacional ou governo internacional corrobora a tese que o senhor está defendendo…
Eduardo Bolsonaro – É que isso tem um processo para a mudança de percepção dos outros países. Ela vai amadurecendo com o passar do tempo.
No passado, você conseguiria imaginar que o The New York Times, Financial Times e outros jornais internacionais relevantes estariam fazendo críticas ao ministro da Suprema Corte brasileira?
O mundo está conhecendo Alexandre Moraes nesse momento e eu tenho certeza que o relatório do Departamento de Estado no ano que vem virá pior.
BBC News Brasil – O senhor vai pleitear junto às autoridades norte-americanas e quem seriam as autoridades ou setores econômicos, por exemplo, para quem o senhor defende sanções? O senhor está defendendo, nesse momento, mais sanções econômicas ao Brasil como um todo?
Eduardo Bolsonaro – Não. Normalmente, eu pleiteio sanções individuais para pessoas específicas. Por exemplo, para a esposa do Alexandre Morais, que é o braço financeiro dele.
É uma pessoa que eu não posso entender, que coincidentemente, teve um sucesso e se tornou milionária após o seu marido ser nomeado para a Suprema Corte, sendo que a Viviane Barci Moraes advoga em processos dentro da Suprema Corte. Isso é um caso clássico de corrupção. Ela é uma das pessoas sobre quem nós pleiteamos que seja sancionada.
Se os próximos acontecimentos no cenário político brasileiro vierem a transformar outras pessoas em merecedoras de sanção, certamente a gente vai estar aqui também trabalhando para isso.
Mas eu creio que se Alexandre de Moraes for isolado, não serão necessárias novas sanções e o Brasil vai poder retornar a ter harmonia entre os poderes […] Alexandre de Moraes se comporta como um mafioso […] Eu não posso entender que uma pessoa dessas seja merecedora de estar na cadeira do STF e siga dando as cartas no Brasil. Um juiz está fazendo todo o Brasil de refém.
[Nota da redação: a BBC pediu ao STF uma resposta às acusações feitas por Eduardo Bolsonaro à mulher de Moraes, mas não havia recebido uma resposta até a manhã desta quinta-feira]
BBC News Brasil – Alguns estudos apontam que o tarifaço anunciado por Donald Trump pode afetar até 700 mil empregos no Brasil. Há casos de produtores de café, de carne e mel que podem perder a produção inteira, que antes estava destinada à exportação nos Estados Unidos, e isso pode afetar a vida delas profundamente. Como o senhor se sente sabendo que sua atuação pode vir a prejudicar a vida dessas pessoas?
Eduardo Bolsonaro – Não é a minha atuação. É a atuação do regime. Você espera que Lula seja recebido de tapete vermelho nos Estados Unidos depois de se aliar ao Hamas, depois de criticar o dólar americano, depois de falar em criar uma moeda dos Brics, depois do Alexandre de Moraes estar fazendo o que faz com Bolsonaro basicamente a mesma coisa que Trump sofreu nos Estados Unidos em termos de ativismo judicial querendo jogar ele na cadeia por dezenas de anos só para tirá-lo do tabuleiro político? […]
O Brasil está se comportando mais como um país parecido com a Venezuela do que com os Estados Unidos. Uma ditadura merece sanção. Não sou eu (o responsável).
O responsável por tudo isso é o Lula que dá suporte ao regime capitaneado pelo Alexandre de Moraes. E os brasileiros estão entendendo que existe um sacrifício a ser feito.
Eu não estou preocupado com cálculo eleitoral ou se isso vai aumentar ou diminuir a popularidade. Eu estou preocupado com a liberdade do meu país e a liberdade vem antes da economia.
CRÉDITO, REUTERS
Legenda da foto, Moraes, que determinou recentemente a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, foi alvo de sanção do governo americano — um dos objetivos da ida de Eduardo Bolsonaro aos EUA
BBC News Brasil – O senhor diz que não está preocupado com cálculo eleitoral, mas o senhor está preocupado com o prejuízo que o tarifaço anunciado por Donald Trump vai ter na vida cotidiana de milhares de brasileiros?
Eduardo Bolsonaro – Estou preocupado [com a possibilidade] de o Brasil consolidar esse regime e viver durante décadas igual a Cuba, igual à Venezuela. Se a gente chegar nesse ponto, o Brasil vai ter saudades de um tarifaço de só 50%. Eu estou preocupado em resgatar a dignidade do Brasil […] eu estou preocupado em ter uma eleição em 2026, com a ampla participação da oposição, com Jair Bolsonaro concorrendo, comigo concorrendo, com várias outras pessoas podendo disputar o pleito […]
Eu não posso admitir que a gente vá ter uma eleição em 2026, quando o Alexandre Moraes vai decidir quem podem ser os candidatos. Isto está fora de cogitação.
E eu estou disposto a ir às últimas consequências para retirar esse psicopata do poder.
Se depender de mim, a gente vai continuar aqui, dobrando a aposta até que a pressão seja insustentável e as pessoas que sustentam Moraes larguem a mão dele para que ele vá sozinho para o abismo
BBC News Brasil – Uma pesquisa recente do Datafolha aponta que 55% da população brasileira é contra a anistia aos envolvidos no 8 de setembro. Uma outra pesquisa também aponta que 61% dos brasileiros não votariam em candidatos que prometem a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Por que o senhor se posiciona a favor de uma pauta que, segundo todas as pesquisas, não tem apoio da população ou da maioria da população?
Eduardo Bolsonaro – Desculpe-me a ignorância, mas qual é a fonte das pesquisas, por favor?
BBC News Brasil – Datafolha.
Eduardo Bolsonaro – Desculpe a minha ironia, mas Datafolha errou tudo no ano passado. O Datafolha é um instrumento de manipulação. Não consigo levar a sério…
Mas se a maioria das pessoas acha que um político que defenda anistia não merecem o voto delas, deixem ele se candidatar e deixem ele colherem o fruto desse insucesso. Eu acho o contrário. Eu acho que tem um apelo gigantesco.
BBC News Brasil – O senhor menciona o fato de que o senhor não gostaria que o Brasil fosse tomado como refém. Mas quando a maior potência do mundo ameaça tarifas sobre o Brasil, caso o Brasil não dê anistia ao seu pai, por exemplo, isso não é também colocar o Brasil como refém?
Eduardo Bolsonaro – Na verdade, o meu pai é só uma das vítimas no meio disso tudo. O nosso trabalho quando falamos de anistia vai muito além dele. Eu faço só pontuação para deixar claro que não é uma questão pessoal o que me move aqui. Eu discordo de você porque é o seguinte: os Estados Unidos, o governo Trump, ele está limpando a bagunça deixada para trás pelo governo [Joe] Biden. O Biden mandou seu diretor da CIA [William Burns], o secretário da Defesa [Lloyd Austin], o Conselheiro de Segurança Nacional [Jake Sullivan] […] e vários outros agentes para o Brasil, nos bastidores, para ameaçar que se o Brasil não reconhecesse o resultado da eleição, parece até que eles já sabiam qual seria o resultado, o Brasil sofreria sanções. Isso, sim, é uma ameaça. Isso é típico de um governo criminoso.
Quando Trump coloca tarifa e vai ao Truth Social [rede social de Trump] e escreve o que está acontecendo no Brasil, quando Christopher Landau [vice-secretário de Estado dos EUA], o secretário [de Estado] Marco Rubio colocam tudo isso a público, eles fazem isso porque eles estão do lado certo e não há porquê esconder quando fazem a coisa certa. Eles não querem que esse câncer do Brasil dê metástase e se espalhe por outros países […] Trump está tomando uma ação preventiva para não deixar a coisa se alastrar ainda mais.
BBC News Brasil – O senhor disse que “se o cenário for de terra arrasada, pelo menos eu estarei vingado”. Na sua avaliação, essa vingança que o senhor menciona é mais importante que o bem-estar da população do Brasil alvo das tarifas anunciadas pelo governo norte americano?
Eduardo Bolsonaro – Se você me explicar que eu devo parar meu trabalho, as sanções serem retiradas, e que isso vai trazer benefícios para a população brasileira, eu paro agora. Mas se a gente fizer isso, o Brasil vai voltar para o caminho em que ele estava, de consolidação do atual regime, e vai virar uma Venezuela. A gente só vai ter uma direita permitida no fantasioso do jogo democrático onde o Brasil vai ser apenas uma democracia formal. E não é isso que eu desejo.
BBC News Brasil – O julgamento na esfera criminal vai começar em alguns algumas semanas, mas se as coisas continuarem como estão, independente do julgamento na esfera criminal, seu pai não vai poder participar das eleições de 2026. O senhor apoiaria a candidatura de Tarcísio de Freitas caso seu pai não seja candidato?
Eduardo Bolsonaro – Isto está fora de cogitação para mim. Para mim, o candidato é Jair Messias Bolsonaro. Ele é o líder das pesquisas e se ele decidir que ele não será o candidato e resolver apoiar a outra pessoa, certamente eu também estarei apoiando essa outra pessoa, porque eu sigo a sua liderança.
BBC News Brasil – E qual a sua opinião pessoal sobre a conduta de Tarcísio de Freitas ao longo de todo esse episódio?
Eduardo Bolsonaro – O Tarcísio tem uma visão diferente da minha e não há nenhum problema com isso. Ele acredita que ainda há espaço para o diálogo. Eu acho que não. Eu acho que o tratamento a ser dado para Alexandre Morais é um tratamento de um criminoso e de um bandido.
O Alexandre de Moraes só vai respeitar alguém que demonstrar ser mais forte que ele. É por isso que são necessárias as sanções […] Com o Alexandre de Moraes não tem outro caminho que não a radicalização. É sempre dobrar a aposta.
Para Alexandre de Moraes, não há qualquer tipo de negociação. Ele tem que ser sancionado com a Lei Magnitsky. Espero que não demore muito para os Estados Unidos aceitarem a minha humilde sugestão que é de sancionar a esposa dele, para que as outras pessoas ao redor entendam que não vale a pena seguir o caminho ilegal e inconstitucional para o qual Alexandre de Moraes guiou o Brasil.
BBC News Brasil – O senhor vem falando que pede à população que entenda, que faça um sacrifício por conta das tarifas. O senhor acha justo pedir a população, especialmente a população mais pobre, que se sacrifique por conta da anistia que o senhor defende?
Eduardo Bolsonaro – Se realmente o coração das autoridades brasileiras estivessem pensando em sacrifício, não estariam aumentando imposto para bancar hotel de cinco estrelas de Lula e Janja pelo mundo […] Na verdade, não sou eu que estou causando essas mazelas. Eu só estou reagindo para que essas mazelas não sigam adiante.
Se nada for feito, o Brasil provavelmente seguirá com esse mesmo regime, com esse mesmo sistema e o futuro do brasileiro será trabalhar, trabalhar e trabalhar para pagar impostos e sustentar esse regime. É para isso também que a gente está lutando.
BBC News Brasil – Mas qual é o recado que passa para a população que vai ser afetada, que já está sendo afetada pelo tarifaço?
Eduardo Bolsonaro – Vale a pena lutar. A nossa liberdade vale mais do que a economia.
Na busca por uma vida mais saudável, uma dúvida comum surge na hora de se hidratar: afinal, qual água escolher – com ou sem gás? Para o nutricionista Guilherme Lopes, ambas as opções cumprem bem o papel de manter o corpo hidratado. A diferença, segundo ele, está mais na composição e na preferência individual do que na eficácia.
“A água com gás é simplesmente a água comum que recebeu dióxido de carbono (CO₂)”, explica o nutricionista. Essa gaseificação pode ocorrer naturalmente, em fontes minerais, ou ser feita artificialmente. Apesar da diferença no processo, o especialista afirma que nutricionalmente ambas são muito similares. “Eletrólitos e minerais podem variar conforme a fonte, mas isso não altera significativamente sua função no organismo.”
Mesma hidratação, escolha pessoal
De acordo com Guilherme, tanto a água com gás quanto a sem gás têm a capacidade de repor fluidos no corpo de forma eficaz. “A escolha entre elas depende da preferência pessoal, pois o importante é manter a ingestão adequada de líquidos ao longo do dia.”
E reforça: “A hidratação eficaz depende fundamentalmente do volume total de água ingerido. A forma — com ou sem gás — é menos relevante do que beber regularmente volumes suficientes para manter o organismo bem hidratado.”
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Digestão e sensibilidade
Outro ponto que costuma gerar dúvidas é o impacto da água com gás na digestão. Segundo o nutricionista, que atua no grupo Mantevida, para a maioria das pessoas, ela não atrapalha, muito pelo contrário. “Ela pode até ajudar na digestão de proteínas, pois sua leve acidez ativa enzimas digestivas”, afirma. No entanto, ele faz uma ressalva: em pessoas com sensibilidade gastrointestinal, o gás pode causar desconforto ou sensação de inchaço temporário.
Contraindicações?
A recomendação é de cautela, mas sem alarmismo. “Gestantes ou crianças não apresentam contraindicações específicas à água com gás”, afirma Guilherme. Ainda assim, ele sugere que crianças criem o hábito com a água sem gás, evitando a sensibilização a bebidas gaseificadas. Gestantes com desconforto digestivo ou sensibilidade também podem se beneficiar ao optar pela água sem gás.
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Aliada na redução de refrigerantes
Além de hidratar, a água com gás pode ter um papel estratégico na alimentação. Segundo o nutricionista, ela oferece uma textura semelhante à do refrigerante, mas sem açúcar ou calorias. “Isso a torna uma ótima alternativa para reduzir o consumo de bebidas açucaradas.” Ele cita estudos que indicam uma queda nas compras de refrigerantes em famílias que aumentaram o consumo de água — inclusive com gás. Essa substituição ajuda a reduzir o consumo de calorias vazias, melhora a saúde bucal e facilita uma hidratação com sabor, mas de forma mais saudável.
O influenciador paraibano Hytalo Santos se manifestou pela primeira vez desde que passou a ser investigado por suposta adultização de menores em vídeos publicados nas redes sociais. A informação é do canal de notícias CNN Brasil. Em nota enviada à emissora na manhã desta quinta-feira (14), Hytalo afirmou que “sempre agiu dentro da lei” e negou qualquer tipo de exploração de crianças ou adolescentes.
O caso ganhou repercussão após o influenciador Felca publicar um vídeo com denúncias sobre festas e conteúdos envolvendo adolescentes. O material viralizou, gerando repercussão nacional e levando o Ministério Público da Paraíba a pedir medidas judiciais.
A Justiça determinou a suspensão de todos os perfis de Hytalo nas redes sociais, proibiu qualquer contato dele com menores citados nas investigações e ordenou a desmonetização dos conteúdos. Dias depois, autorizou mandados de busca e apreensão na casa do influenciador, resultando na retirada de celulares, computadores, câmeras e outros dispositivos para análise pericial.
Segundo apuração da CNN, as investigações ocorrem em duas frentes: uma cível, conduzida pelo Ministério Público, e outra criminal, sob responsabilidade da Polícia Civil. Ambas apuram possível violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Na nota, Hytalo afirma que todo o conteúdo com menores foi gravado com autorização legal e acompanhamento dos responsáveis, e que está à disposição das autoridades para esclarecimentos.
O caso segue em apuração.
Confira, na íntegra, a nota enviada pela defesa de Hytalo Santos à CNN:
“Repudio categoricamente qualquer acusação de exploração de menores. Minha trajetória pessoal e profissional sempre foi guiada pelo compromisso inabalável com a proteção de crianças e adolescentes.
Esclareço que jamais me ocultei ou obstruí investigações. Estou em viagem a São Paulo há mais de um mês e permaneço, desde o início, à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, confiando que a verdade prevalecerá sobre qualquer tentativa de distorção.
Reafirmo minha integridade e indignação diante de falsas acusações. Não aceitarei que minha imagem e meu trabalho sejam manchados por narrativas infundadas, e seguirei defendendo, com firmeza, a verdade e os valores que sempre nortearam minha vida.
Todos os esclarecimentos necessários à Justiça serão prestados nos autos do processo.”
O Ministério da Saúde autorizou o Hospital Help, da Fundação Pedro Américo, em Campina Grande, a realizar transplantes de coração. A portaria com a decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (14).
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