domingo, maio 5, 2024
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Médicos dizem que colega foi ameaçada por causa de morte de garota

Em um grupo do WhatsApp, alguns médicos de João Pessoa prestaram solidariedade à médica responsável pelo atendimento de uma menina de 11 anos que morreu na terça-feira, 3. O caso ganhou repercussão depois que a mãe da garota,  Luciana Gonzaga Viegas afirmou que o óbito teria ocorrido pelo uso do medicamento Berotec, ao qual sua filha seria alérgica. Um laudo emitido pelo Hospital Universitário Lauro Wanderley, contudo, não apontou a causa da morte como sendo relacionada a alergia, mas sim de um edema pulmonar e uma cardiopatia.

Mesmo assim, o caso está sendo investigado e a médica, identificada no grupo apenas como Simone, teria sido ameaçada de morte e mantida sob escolta para que não corresse risco. A mensagem no grupo dos médicos conta que a profissional passou pelo menos 48 horas trancada no Hospital do Valentina, temendo por sua integridade física.

Confira:

“Absurdo o que está acontecendo aqui em Joao Pessoa com uma colega médica pediatra. Há dois dias ela atendeu uma garota com asma aguda e administrou, como manda o protocolo, beta-agonista (berotec). Ela e nem a família sabiam q a garota sofria de uma cardiopatia, muito provavelmente congênita. Logo, a paciente evoluiu para um edema aguda de pulmão e foi a óbito. A imprensa caiu em cima, chamando a médica de assassina em pleno programa de televisão. Logo, a Dr Simone encontra-se há 48 horas trancada dentro do hospital municipal do valentina, pois foi ameaçada de morte. Já disseram que a policia encontra-se escoltando o hospital, mas que mesmo assim estão espalhando que irão matá-la tão logo saia do conhecido hospital. Até que ponto chegamos?!

Peço que passem tal absurdo a frente. Vamos ajudar a colega, pois isso poderia ter acontecido com qualquer um deste grupo… Em nossa profissão estamos expostos a tais tragédias. Infelizmente foi a vida de uma garota, e sua toda uma família foi devastada, porém tal acontecimento não parece ter ocorrido por imperícia… Como diagnosticar uma cardiopatia que no exame físico passa despercebida, isso numa sala de urgência com outras 50 crianças gritando e com toda a pressão de um atendimento rápido e eficaz? 

Vamos mobilizar o máximo de amigos, parentes e colegas médicos. A imprensa paraibana precisa agir de forma mais responsável, e principalmente respeitando os profissionais de saúde. Estamos expostos a esse sistema nojento e isso precisa parar!

ParlamentoPb

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