Imprensa, lideranças políticas e, especialmente, eleitores. Todos frustrados com o cancelamento do evento do PSDB em nome da candidatura de Romero Rodrigues a prefeito de Campina Grande.A frustração pela ausência do senador Cássio Cunha Lima, estrela principal do tucanato campinense, poderia ter sido menor se o evento mantivesse a realização com a presença de Romero Rodrigues.
O deputado errou em “adoecer” junto com Cássio, como se, não apenas os votos, mas a doença do senador fosse contagiosa.
Porque na prática o evento sobre a candidatura de Romero só poderia ser adiado de última hora se o próprio Romero adoecesse. Uma vez que, em se tratando do embate eleitoral, é Romero que vai colocar seu próprio nome à disposição do eleitor campinense. E não Cássio.
É ruim porque aumenta a responsabilidade de Cássio e diminui a do deputado. E em campanha deve ser o contrário, até porque Romero, um dos campeões de voto em Campina, tem potencial eleitoral próprio.
E olhe que estavam presentes o vice-governador Rômulo Gouveia, confirmado como coordenador geral da campanha, o deputado federal Efraim Filho (Democratas), o deputado estadual Manoel Ludgério (PSD), que havia pensando em disputar a eleição, além de vereadores e presidentes de partidos da base aliada ao PSDB.
Imagine se o deputado fizer disso uma prática na sua campanha e Cássio adoecer num dia do debate dos prefeitáveis na televisão ou no último comício de campanha: Romero não vai também?
Romero Rodrigues deveria ter aproveitado a ruma de gente que se aglomerou, mesmo que pra ver Cássio, na Associação Campinense de Imprensa e ter puxado pra si a responsabilidade. Inclusive com o privilégio de anunciar outro evento do PSDB nos próximos dias com a presença do senador. Seriam dois eventos em um.
Faturaria duas vezes. E não meia, como pareceu hoje.
Luís Tôrres