O senador Cássio Cunha Lima disse a imprensa por ocasião do encontro do PSDB no município de Patos, realizado nesta sexta-feira (21), para deliberar sobre a candidatura própria do partido, que não houve qualquer traição ao governador Ricardo Coutinho (PSB), uma vez que, está em um partido político que tem legitimidade para decidir, tem a autonomia para deliberar.
Segundo ele, os partidos existem para disputar as eleições e o que o PSDB está fazendo na Paraíba é rigorosamente igual ao que o PSB está fazendo nacionalmente com o governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, que pretende disputar a presidência da República.
“Não se pode apontar traição de Eduardo Campos a Lula e Dilma. Claro que não. Ele está numa manifestação legítima disputando a eleição porque os políticos às vezes têm o cacoete de achar que eleição se decide por partido ou por político. Não! Eleição se decide por sociedade. O povo eleitor é quem decide a eleição”, disse.
O senador explicou ainda que quando se tem alternativa de escolha se fortalece a própria democracia e amplia o debate político. “A eleição existe exatamente para que esse debate político seja ampliado e se for essa a decisão do PSDB, pela apresentação de uma candidatura própria, estarei pronto para fazer esse debate de alto nível, apontando os problemas da Paraíba e temos problemas, reconhecendo conquistas e avanços”, ressaltou.
Ele confirmou ainda que não terá dificuldade alguma em fazer esse reconhecimento, porém com um olhar lançado par o futuro porque a eleição serva para olhar para o amanhã e não para o ontem.
O senador Cássio também confirmou que denúncias já começaram a chegar até ele de prática que são abomináveis as quais remetem a uma Paraíba da década de 70. Segundo ele, são condutas que já foram tentadas no passado e que o povo da Paraíba repudiou.
“Eu tenho notícias de que prestadores de serviço estão sendo demitidos por perseguição política e são prestadores com mais de quinze anos de serviço. Há um clima de tensão e medo nas repartições públicas do Estado. Eu percebo até prefeitos recebendo retaliação política. Eu percebo prefeitos que se manifestarem, neste instante, temerosos de não ter um convênio liberado, de não ter o repasse de um recurso público. Enfim, há sinais de que a máquina pública está sendo utilizada para oprimir as pessoas e nós vamos denunciar isso”, avisou o senador.
Fonte: Da Redação de João Pessoa (Hacéldama Borba)