O vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL), de 26 anos, foi eleito o deputado federal mais votado do Brasil, com 1.492.047 votos. Apoiador do presidente Bolsonaro, o jovem defende a bandeira conservadora e tem suas redes sociais como principal ferramenta de divulgação. No Instagram, por exemplo, Nikolas possui mais de 3 milhões de seguidores.
Com a eleição deste domingo (2), Nikolas é terceiro deputado federal mais votado na história do país. Ele fica atrás de Enéas Carneiro (Prona-SP), eleito em 2002 com 1,57 milhão de votos, e de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), eleito em 2018 com 1,84 milhão de votos.
“Essa vitória para mim é fruto de muito trabalho, de muita luta. É mostrar que o jovem, ele pode ser conservador e não simplesmente pensar no final de semana e ser escravo de suas vontades”, disse Nikola ao jornal O Estado de Minas. “Essa vitória para mim representa que o Brasil tem esperança de que a gente está plantando aqui sementes para um Brasil com futuro muito melhor”, completou.
Nikolas ganhou notoriedade em 2021 ao gravar um vídeo em que foi impedido de visitar o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, por não apresentar o comprovante de vacinação contra covid-19. Ele se apresenta como “cristão, conservador e defensor da família”. No seu estado, ele coordena o movimento Direita Minas. “A gente não pode deixar de mandar um recado aqui para a esquerda: vai ter que engolir o Nikolas federal”, disse Nikolas neste domingo (2) após saber do resultado das urnas.
Uma das polêmicas do futuro deputado federal foi a gravação de outro vídeo. Desta vez, dentro de um banheiro feminino de uma escola particular. O parlamentar estava criticando a instituição de ensino por deixar uma aluna transgênero utilizasse o espaço. O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) instaurou um inquérito sobre o caso. A postagem de Nikolas foi considerada transfóbica e uma violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Nikolas Ferreira foi criado na comunidade Cabana do Pai Tomás. O local é conhecido por ser um dos mais violentos da cidade Belo Horizonte. O parlamentar é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e já afirmou que foi hostilizado na faculdade por suas pautas conservadoras – como o combate ao feminismo, ao que ele chama de “ideologia” de gênero e as críticas à esquerda. Para ele, os estudantes pobres são vítimas da “doutrinação ideológica”. Ele defende bandeiras neoliberais na economia.
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