Com ajuda da situação, oposição derrubou quatro, dentre oito vetos do governador.
Com a ajuda dos deputados da situação, a oposição impôs mais uma derrota ao governador Ricardo Coutinho (PSB) na votação de matérias na Assembleia Legislativa, na sessão de ontem. O Poder Legislativo estadual derrubou quatro de um total de oito vetos a projetos dos parlamentares e do próprio Executivo estadual, deixando o governador Ricardo Coutinho em situação delicada. A principal derrota para o governo foi a rejeição, por 20 a 9 votos, do veto nº 63/2012. Trata-se de veto parcial ao Projeto de Lei nº 547/2011 – Orçamento para o exercício de 2012, com o qual o governador vetou emendas dos deputados ao Orçamento deste ano, aprovadas no ano passado pelos parlamentares. Com a rejeição do veto, o governador Ricardo Coutinho terá que cumprir as emendas.
O deputado Vituriano de Abreu (PSC) disse que o governo não vinha cumprindo no Orçamento as emendas dos deputados, por isso comemorou a derrubada do veto. “As emendas agora passam a vigorar e o governo vai ter que cumprir”, disse Vituriano, que citou ter apresentado emendas para investimentos para as Várzeas de Sousa, para a pesquisa de petróleo, também em Sousa, de minérios em Cajazeiras.
Desde a derrota sofrida pelo governo na semana passada, na votação das Medidas Provisórias 184 (rejeitada) e 185 (aprovada com emenda de Janduhy Carneiro), com os votos dos deputados Doda de Tião e Wilson Braga, o governador Ricardo Coutinho não convocou nenhuma reunião de alinhamento com os deputados. “Não, não houve essa reunião”, disse Adriano Galdino. Diante das “turbulências” no Legislativo, com aliados votando contra o governo, o deputado Antônio Mineral também reagiu, lamentando a falta de harmonia entre o Executivo e o Legislativo, e cobrando do governador Ricardo Coutinho a abertura do diálogo com os parlamentares, para que o governo volte a ter maioria na Assembleia.
Mineral quer interceder perante o governador Ricardo Coutinho para melhorar a relação do governo com os deputados da base.
“Ele não é um homem de um grande diálogo, mas a obrigação faz com que ele se sente com sua bancada, com seus deputados, com seus líderes, para resolver os problemas do Estado”, avaliou.
Do JP Online.