sexta-feira, março 29, 2024
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Fluminense e Vasco são eliminados da Libertadores

O sonho do primeiro título da Libertadores acabou para o Fluminense. E com requintes de crueldade. Santiago Silva, atacante que brigou com a bola durante a maior parte do jogo, igualou o placar aos 45 minutos do segundo tempo, selando o empate por 1 a 1 entre o Tricolor e o Boca Juniors. O gol do Flu – que levaria a decisão da vaga para os pênaltis – foi marcado por Thiago Carleto, logo no início da partida, em cobrança de falta, como sonhara seu pai. Machucados, Fred, Deco, Valencia e Diguinho – além de Carlinhos, suspenso – fizeram falta à equipe tricolor, que saiu de campo aplaudida pela torcida no Engenhão.

Thiago Neves, que lutou muito, mas esteve mal tecnicamente, lamentou a bobeada da equipe nos minutos finais:

– A torcida fez seu papel, faltou atenção no fim do jogo. Estão todos de parabéns pela luta – disse o camisa 7 à “Fox Sports”.

No fim, o técnico Abel Braga foi ao gramado consolar cada um de seus jogadores. Alguns, como Anderson, foram para o vestiário chorando. O Boca, eliminado pelo Flu em 2008 na semifinal, dá o troco três anos depois, só que nas quartas. E com o resultado, o time xeneize segue invicto fora de casa na competição.

O público pagante foi de 31.280 pessoas (36.276 presentes) – renda de R$ 1.628.740,00. Como havia vencido por 1 a 0 na Bombonera, o time argentino passa para a semifinal. Pela tabela, o adversário será o ganhador do confronto entre Universidad de Chile e Libertad-PAR. Caso o Vélez Sarsfield, no entanto, elimine o Santos, será o adversário do Boca. A medida da Conmebol é para evitar a final entre clubes do mesmo país.

Riquelme, que iniciou o lance do gol do empate, resumiu bem a atuação do Boca:

– Na única vez que trocamos três passes foi gol – disse o camisa 10, de acordo com o site do diário argentino “Olé”.
Sonho do pai de Thiago Carleto vira realidade com gol de falta

Empurrado pela torcida, o Flu partiu para cima do Boca desde o apito inicial do árbitro Enrique Osses. Com velocidade e boas tabelas, chegava ao ataque com perigo. Foi assim na primeira trama ofensiva, quando Thiago Neves tocou para Sobis, e o atacante preferiu cruzar em vez de arriscar o chute. Schiavi conseguiu cortar de carrinho.

A superioridade em campo foi premiada com um gol logo aos 17 minutos. Em uma cobrança de falta de longa distância, Thiago Carleto chutou forte, a bola desviou em Rivero e mansamente entrou no cantinho direito do goleiro Orión: 1 a 0 no placar e festa verde, branco e grená na arquibancada. O lateral-esquerdo, substituto de Carlinhos, expulso no primeiro jogo, havia revelado na terça que seu pai, Ivo Alves, lhe telefonou contando que sonhou com um gol de falta contra os argentinos.

Perdido em campo, o Boca pouco ameaçava. Riquelme tentava organizar o time no meio de campo, mas a defesa do Flu estava bem postada e não dava espaço. Santiago Silva, o “Tanque”, não conseguia dar andamento às jogadas. Diego Cavalieri era um mero espectador. Os argentinos criaram apenas dois lances de algum perigo. No primeiro, Carleto travou chute de Santiago Silva. No segundo, Schiavi desviou de cabeça uma bola levantada na área e mandou para fora.

Como o 1 a 0 apenas levava a decisão para os pênaltis, o Flu seguiu pressionando. Antes do fim do primeiro tempo, Sobis e Thiago Neves assustaram Orión com chutes de média distância.
Santiago Silva marca e elimina o Flu

O Boca Juniors voltou do vestiário sem alterações, mas a postura mudou bastante. Os argentinos passaram a povoar mais o campo de ataque e a rondar o gol de Cavalieri. Nas bolas aéreas, levava muito perigo, principalmente com o veterano Schiavi. Diante do novo panorama, o Tricolor passou apostar nos contra-ataques.

Em uma jogada rápida pelo lado esquerdo, aos 15 minutos, Thiago Neves cruzou por baixo para Rafael Sobis, que deu um leve desvio. A bola passou muito perto da trave esquerda. Para dar gás e mais velocidade ao time, Abel colocou Wellington Nem no lugar de Wagner, discreto como de costume.

À medida que o relógio avançava e a disputa de pênaltis se aproximava, a tensão tomava conta do campo e das arquibancadas. Cada bola levantada na área tricolor era um sufoco. Thiago Neves, em atuação tecnicamente fraca, errou uma saída de bola, e Santiago Silva mandou à esquerda de Cavalieri. O camisa 7 quase se redimiu com um chute forte de dentro da área, que Orión defendeu. Na sequência do lance, Rafael Moura teve ótima oportunidade, mas demorou a chutar, e a zaga cortou antes que a bola entrasse.

O drama tricolor estava reservado para o fim. Rivero recebeu lançamento de Riquelme e chutou cruzado, mesmo seguido de perto por Thiago Neves. A bola bateu na trave, Cavalieri ainda cortou em cima da linha e ficou limpa para Santiago Silva apenas empurrar para dentro e classificar o Boca.

Corinthians faz gol no fim, vence o Vasco e chega pela 2ª vez a uma semi de Libertadores

Sofrido, com um gol de Paulinho aos 42 min do segundo tempo, o Corinthians venceu o Vasco por 1 a 0, no Pacaembu, e pela segunda vez na sua história chega a uma semifinal de Libertadores.

O 0 a 0 no duelo prevaleceu durante quase 180 minutos, somando o jogo de ida e de volta, dado o equilíbrio entre as duas equipes. Até que uma bola foi alçada na área, em cobrança de escanteio, e Paulinho subiu sozinho para levar os 35 mil corintianos presentes no estádio municipal à loucura.

A única vez que o Timão havia alcançado a semi do torneio continental ocorreu em 2000, quando perdeu nos pênaltis para o Palmeiras. Já o Vasco segue longe das finais desde 1998, quando foi campeão.

A partida começou truncada. As duas equipes concentraram o jogo pelos lados, sem invadir as áreas nos primeiros 15 minutos de jogo. O primeiro lance de perigo foi aos 20 min, com Emerson, que teve seu chute desviado para escanteio.

Sem um centroavante no ataque, o Corinthians pouco ameaçou. Alex atuou adiantado, entre os zagueiros vascaínos. Paulinho de cabeça quase marcou no principal lance do primeiro tempo. Fernando Prass fez grande defesa.

O Vasco levava perigo na etapa inicial em cobranças de falta com Juninho Pernambucano. Pelo lado direito, a equipe carioca direcionava suas investidas ofensivas. Mas Alecsandro ficava isolado na área.

Sobrava tensão na partida. Jorge Henrique e Éder Luis se estranharam na lateral e foram advertidos com amarelo nos minutos finais do primeiro tempo. Cássio chegou a ficar desacordado após choque na área, mas se recuperou pouco depois.

“A cara do jogo é essa aí, muita marcação, as duas equipes se respeitando, mas é lógico que a gente precisa sair lá de trás para buscar o gol”, analisou o vascaíno Alecsandro, em entrevista à TV Globo.

“O jogo é esse, mas a gente precisa agredir mais, ir mais pra cima para conseguir o gol”, opinou Paulinho pelos donos da casa.

No segundo tempo, Cristóvão Borges decidiu utilizar Juninho, Diego Souza e Felipe juntos. A ideia, na verdade, ocorreu por uma necessidade, já que Thiago Feltri deixou a partida contundido na segunda etapa.

Com maior volume de jogo, o Corinthians ressentia de um jogador de área. Rodolfo ganhava todos os lances pelo alto. O Vasco tinha dificuldade para criar.

Apagado, Diego Souza teve a chance de se consagrar, mas perdeu gol incrível. Ele avançou todo o campo sem marcação, aproveitando vacilo de Alessandro, mas finalizou para fora. Cássio ainda tocou na bola.

O Vasco adiantou o time e passou a incomodar a defesa corintiana. Expulso, Tite deu recado a Willian do alambrado junto com a torcida.

Aos 32 min, Emerson Sheik pegou uma sobra na área e chutou. Prass espalmou e a bola tocou na trave. De tanto insistir, o Timão achou o gol da classificação na cabeça de Paulinho, lance que garantiu a vaga para a semifinal.

UOL

globoeporte.com

 

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