A ausência do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Marcelo (PSDB), na sessão já preconiza: o governo iria perder na votação das Medidas Provisórias que estavam trancando a pauta na Casa Epitácio Pessoa. Junte-se à ausência de Ricardo Marcelo, a presença de um Wilson Braga (PSD) rebelde. O resultado só poderia dar nas derrotas do governo na votação das MPs, que tratavam especificamente do preenchimento de cargos comissionados e do reajuste dos servidores, com destaque para revogação do subsídio dos agentes fiscais, que lotaram as galerias.
Por 17 votos a 16, a oposição incluiu emenda do deputado Janduy Carneiro (PPS), suprimindo item da MP 185, que revogava dispositivo vinculado reajuste do Fisco com base na arrecadação do Estado, ato considerado inconstitucional pelo governo. Logo após, a MP, com a emenda supressiva, foi aprovada por 33 votos.
Antes, a MP que tratava do preenchimento mínimo de 20% dos cargos comissionados por funcionários de carreira foi derrubada por 17 a 16. A cada voto de Wilson Braga contra o governo, os deputados da oposição vibravam como se fosse um gol do Brasil na Copa.
No caso de Braga, parece que o governo não vem atendendo ao “Estatuto do Idoso”.
De um jeito ou de outro, o governo, mais uma vez, sentiu o gostinho amargo da derrota. E vai levar o jogo para o campo judicial, como antecipou o próprio líder do governo, deputado Hervázio Bezerra (PSDB).
Luís Tôrres
