sábado, novembro 23, 2024
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Estrabismo: saiba o que é possível fazer para corrigir

O estrabismo é um desequilíbrio na função dos músculos oculares. Isso faz com que os olhos não fiquem paralelos – então, enquanto um dos olhos olha em frente, o outro está desviado. A condição pode causar bastante desconforto em seus portadores, o que os leva a buscar formas de corrigi-la.

Causas do estrabismo

De acordo com a médica Giovanna Marchezine, do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), grande parte do casos de estrabismo tem causa desconhecida. “As causas genéticas são comumente encontradas nos desvios desenvolvidos na infância. No entanto, outras causas também podem levar à perda do paralelismo do globo ocular, resultando no estrabismo”, afirma a médica.
Entre as outras razões, estão:

Correção

O tratamento pode exigir o uso de óculos, aplicação de toxina botulínica, cirurgia e exercícios. “Vale lembrar que o uso de tampão (oclusor ocular) não corrige a posição dos olhos. Sua indicação é para tratar a ambliopia, alteração de visão frequentemente associada ao estrabismo”, explica a médica.

Primeiros sinais de vesguice

A diplopia (percepção de duas imagens de um único objeto) é o principal sinal presente nos casos de estrabismo que não estão associados a cegueira ou baixa visão. Além disso, outro sinal de fácil identificação é a visualização do desalinhamento ocular.

“Os bebês podem apresentar pequenos desalinhamentos por curto período de tempo até os 6 meses de idade, isso ocorre por uma imaturidade do sistema visual. Após essa idade, qualquer desvio ocular é considerado patológico e deve ser investigado pelo médico oftalmologista especialista”, destaca a oftalmopediatra.

A médica aponta ainda que recém-nascidos e bebês podem apresentar uma condição chamada pseudo-estrabismo ou falso estrabismo, que por ilusão óptica causada pelo excesso de pele no canto nasal dos olhos (epicanto).

Como corrigir o estrabismo

A correção do estrabismo depende da sua causa. O tratamento pode exigir o uso de óculos, aplicação de toxina botulínica, cirurgia e exercícios, diz a Dra. Giovanna. “Vale lembrar que o uso de tampão (oclusor ocular) não corrige a posição dos olhos. Sua indicação é para tratar a Ambliopia, alteração de visão frequentemente associada ao estrabismo”, adverte a médica.

Segundo ela, as cirurgias em crianças, quando há indicação, podem ocorrer a partir de idades de 1 ano e meio a dois anos. A médica estima ainda que 15% dos pacientes precisarão de uma reoperação.

“Isso ocorre por diversos fatores como idade operada, tamanho do desvio, cegueira e outras doenças sistêmicas associadas”, afirma. A boa notícia, conforme a especialista, é que após a primeira reoperação, são raros os casos de necessidade de outras cirurgias.

Giovanna alerta ainda que o estrabismo sem tratamento na infância causa ambliopia, que pode levar à cegueira irreversível. “Por isso, crianças de 0 a 5 anos com qualquer desvio ocular devem passar por análise pelo especialista e iniciar o tratamento”, conclui.

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