O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nessa quinta-feira (22/5), revela o aumento dos casos de influenza A no Brasil, com tendência de crescimento para as próximas semanas, com a aproximação do inverno.
A alta de casos colocou 20 estados em alerta para prevenção da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), evolução potencialmente fatal de vírus respiratórios, cuja causa principal em adultos é a influenza A — 69% das mortes relacionadas à SRAG sãoconsequência da gripe.
O avanço ocorre de forma mais intensa na região Centro-Sul, mas também atinge estados do Norte e Nordeste, impactando as redes de saúde. Estados do Norte, que estavam em nível de segurança nas últimas semanas, foram colocados em nível de risco.
A análise corresponde à semana epidemiológica 20 (de 11 a 17 de maio) e aponta ainda aumento de casos de SRAG por conta do vírus sincicial respiratório (VSR), especialmente em crianças. O VSR é o principal causador de óbitos em bebês menores de 2 anos.
Gripe em alerta em 20 estados
A Fiocruz identificou o aumento sustentado de SRAG nas tendências de curto e longo prazo. Esse crescimento está relacionado à disseminação simultânea de influenza A e VSR. Vinte das 27 unidades federativas estão em nível de risco (5) ou alto risco (15), com tendência de crescimento: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
A pesquisadora Tatiana Portella, responsável pelo InfoGripe, reforça a importância da vacinação contra a influenza, ampliada na maior parte das cidades brasileiras: “Todas as faixas etárias podem se beneficiar da vacina. Quem não faz parte dos grupos prioritários, e se o município ampliou a vacinação, aproveite também para se vacinar. No mais, está mantida a recomendação de uso de máscaras em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde. Assim como a manutenção de medidas de etiqueta respiratória”, conclui ela.
Metrópoles
